Olimpíadas | (Com informações do COB) | 29/08/2004 19h44

Vôlei masculino traz o bicampeonato olímpico

Compartilhe:

Vôlei masculino traz o bicampeonato olímpico

A Seleção Brasileira masculina de vôlei conquistou sua segunda medalha de ouro olímpica. Com a vitória de 3 a 1 sobre a Itália (25/15, 24/26, 25/20 e 25/22), neste domingo, no Ginásio da Paz e Amizade, o time comandado pelo técnico Bernardinho garantiu o lugar mais alto do pódio em Atenas. Maurício e Giovane entraram para o seleto grupo de brasileiros bicampeões olímpicos. Na comemoração do título, o levantador Ricardinho chorou enrolado à bandeira brasileira no banco de reservas. Já o técnico Bernardinho correu para abraçar a esposa, Fernanda Venturini, da Seleção Brasileira feminina de vôlei. Com a conquista do ouro em Atenas, Bernardinho incluiu em seu invejável currículo o mais cobiçado título do esporte olímpico. Mas com o resultado conquistado na Capital grega, o treinador conseguiu uma marca difícil de ser batida. Sob seu comando, a Seleção Brasileira conquistou 12 títulos e dois vice-campeonatos nas 15 competições que disputou. E o que é melhor: ganhou uma Copa do Mundo (2003), um Campeonato Mundial (2002), três edições da Liga Mundial (2001, 2003 e 2004), além da medalha de ouro olímpica. Apesar de todos esses resultados, o treinador faz questão de ressaltar seu lado humano e refutar o rótulo de perfeição, que muitos já tentaram imputá-lo. Durante a entrevista coletiva após a vitória sobre a Itália na final olímpica de Atenas, ele destacou que também erra. "Sou um ser humano, que também tem suas falhas". Bernardinho contou que na manhã deste domingo, entre exercícios na bicicleta ergométrica e uma caminhada, passou muito tempo pensando nas diversas situações que enfrentaria depois do jogo, em caso de vitória e derrota. "Lembrei do Robert Scheidt e do pessoal da vela. Eles, por exemplo, podem perder uma regata ou outra e garantir o título no final. Com a gente, a situação é diferente. Não podemos perder", comentou. O treinador imaginou também como seria se o Brasil ganhasse a medalha de ouro. Em seus pensamentos, viu o povo o reverenciando como mito, herói. Mas passou por sua cabeça também a possibilidade de derrota, embora tenha procurado afastar logo essa idéia. Mas, Bernardinho demorou a perceber que o jogo já havia terminado. "Meu primeiro sentimento foi de alívio. A pressão durante todo esse tempo foi grande", comentou. A maior emoção que sentiu após a vitória foi quando o viu os jogadores no pódio, chorando e vibrando. "Ali vi que éramos realmente campeões olímpicos".

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS