Olimpíadas | Gazeta Esportiva.Net | 10/04/2008 18h14

Presidente do COI admite: movimento olímpico está em ''crise''

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Pequim (China) - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Jacques Rogge disse nesta quinta-feira que os protestos e a discussão política envolvendo os revezamentos da tocha olímpica projetam uma "crise" para o significado do evento máximo do esporte mundial.

Para resolver os problemas decorrentes da repressão chinesa ao Tibete, Rogge pediu que o país organizador das Olimpíadas de 2008 respeite o "engajamento moral" da causa, tentando garantir o cumprimento da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. Ele reafirmou também o direito de discurso livre para os atletas participante dos Jogos de Pequim.

Ao mesmo tempo, o dirigente reiterou que o restante da rota internacional da chama olímpica não será cancelado ou encurtado. "Estamos estudando com os organizadores dos Jogos para melhorar o revezamento da tocha, mas não há cenário para interromper levá-la diretamente para Pequim", afirmou Rogge em conferência de imprensa.

Ele ainda expressou alívio pela passagem da tocha em San Francisco, nos Estados Unidos, ter se dado sem grandes incidentes. Porém, para evitar problemas a polícia local decidiu reduzir pela metade o percurso.

"Não foi, contudo, a alegra festa que desejávamos que fosse. Atletas em muitos países estão confusos e precisamos tranqüilizá-los. Nossa maior responsabilidade é oferecer o evento que eles merecem. Temos 120 dias para atingir isto" comentou o presidente do COI.

As confusões durante a passagem da tocha olímpica, que atingiram seu ponto alto em Londres e Paris, e o crescimento da crítica internacional à política da China no Tibete colocaram os Jogos de Pequim entre os mais discutidos da história recente e apresentaram duros testes ao COI. "É uma crise, não há dúvida quanto a isto. Mas o COI já contornou várias tempestades", finalizou Rogge.

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