Olimpíadas | Da redação, com Folha de S. Paulo | 20/07/2008 17h20

Para presidente de honra da Fifa, futebol olímpico é deficitário

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Campo Grande (MS) - O brasileiro João Havelange, presidente de honra da Fifa, afirmou em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo que o futebol olímpico, da forma como é disputado hoje em dia, é deficitário.

\"A Fifa gastará pelo menos US$ 5 milhões (cerca de R$ 7,9 milhões) com uma equipe de 100 funcionários que levará à China por conta do futebol e a cota que vem é relativamente pequena\", disse o dirigente, que desde 1963 é membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).  \"Já a CBF vai gastar pelo menos US$ 3 milhões (cerca de R$ 4,7 milhões) com a Seleção e terá de arcar com o salário imenso dos jogadores. Mas ninguém pensa no valor e no que representa esse desembolso. É deficitário\", complementou.

Apesar das críticas, Havelange não é a favor da eliminação do futebol da Olimpíada. \"Não digo que deva acabar, mas a Copa do Mundo não será nos Jogos Olímpicos. O Mundial é a competição mais importante do mundo. A Seleção Brasileira só vai a Pequim na final do torneio (na verdade, o Brasil pode chegar a Pequim já nas quartas-de-final). Todos os esportes estão lá, mas o futebol não. Deveria ter uma explicação para isso\", disse.

Para ele, a idade limite dos atletas, que atualmente é de 23 anos (permitindo três exceções) deve ser ainda mais reduzida nas próximas edições dos Jogos. \"A proposta (da Fifa) deve chegar à idade-limite de 17 anos\", finalizou. Os Jogos de Pequim serão realizados de 8 a 24 de agosto.

 

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