Diversos | (Com informações do Ministério do Esporte) | 26/12/2004 14h48

Ministro aposta nos jogos escolares e descoberta de talentos

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O ritmo do ministério do Esporte em 2005 será mais intenso do que nesse ano que termina. Quem garante é o ministro Agnelo Queiroz. "Mais ainda, mais intenso porque todas as conquistas darão base para o desenvolvimento de outras políticas", disse. Ele está otimista com o que foi feito em 2004 e promete novas medidas para o setor no ano que vem. Segundo o ministro, a avaliação do ano é positiva, porque houve a consolidação da política pública de esporte no país. A grande aposta do ministro para 2005 é o que ele está classificando de formação de recursos humanos. Para Agnelo, o dinheiro pode ser conseguido de várias formas, mas, antes disso, é preciso apoiar o trabalho de atletas e o surgimento de novos talentos. Ele acredita que a base do esporte para o futuro pode ser garantida com atividades que serão desenvolvidas mais intensamente com jogos escolares e na descoberta de novos talentos. O ministro informou que o projeto piloto desenvolvido com 65 mil jovens, este ano, será o ponto de partida da implantação definitiva do programa em 2005. "O que ocorrerá nas escolas do Brasil, já fazendo os testes, em crianças entre 7 e 15 anos de idade, antes até que tenham contatos com modalidades, servirá para a descoberta de talentos e a partir daí serão encaminhados para treinamento. Haverá recursos para a formação, então todos os talentos serão acompanhados e financiados", garantiu. Para o atleta carente, a idéia é garantir uma bolsa, para que ele não precise trabalhar para colaborar no sustento da família e por isso deixar de treinar. "Se ele já tem um rendimento, mesmo que seja um atleta-estudante que participou dos jogos escolares, evidente que já se vai pensar em outros desdobramentos, que é como desenvolver esse talento, não mais preocupado se vai conseguir treinar, porque vai ter uma bolsa. Ela vai evitar que ele tenha que trabalhar e ajudar na renda familiar e conseqüentemente não ter condição de desenvolvimento do talento, que é um tesouro para o país. É um diamante bruto que precisa ser lapidado. Não tem cálculo para pagar quando esse talento se concretiza em um atleta de ponta e um grande ídolo. Isso é maravilhoso como um grande exemplo de um país. É esse o tratamento que vamos dar", afirmou. E ao ser perguntado se, com todo esse investimento, o Brasil poderá ter nos Jogos Pan-americanos de 2007 mais medalhas do que em Santo Domingo, Agnelo responde: "Sem dúvidas teremos muito mais medalhas. Com certeza", diz esperançoso.Os próximos Pan-Americanos acontecerão no Rio de Janeiro.  Os atletas brasileiros conquistaram 123 medalhas, em Santo Domingo, na República Dominicana e superaram o recorde de medalhas (101), da edição anterior em Winnipeg, no Canadá. Os jogos de Santo Domingo aconteceram em agosto de 2003 e os de Winnipeg, no fim de julho e início de agosto de 1999. O ministro informou que, com os recursos extra-orçamentários liberados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa Segundo Tempo completará a meta de um milhão de crianças. Agnelo disse que, na área chamada de Polígono da Maconha, em Pernambuco, a implantação do programa em cinco municípios será ampliada para atender a 25, em uma parceria com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Com a ampliação, serão atendidas 50 mil crianças nessa região do Nordeste. "É a consolidação do esporte como uma ferramenta de inclusão social", completou. O ministro do Esporte lembrou que foram criadas ainda novas linhas de financiamento para a melhor preparação de atletas, entre elas a Bolsa-Atleta e a lei de incentivo à formação esportiva, além da ampliação dos patrocínios para várias entidades esportivas, como atletismo, natação, vôlei e basquete. Para o ministro, a liberação dos recursos para a construção da Vila Pan-americana, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, é uma garantia de que os Jogos Pan-americanos de 2007 vão se realizar no Brasil. "Na verdade, ao viabilizar a Vila, estamos dizendo: o Pan será no Brasil, antes disso não dá para falar. Não tem Pan, então, não é uma coisa qualquer. É uma obra de mais de R$ 220 milhões que está autorizada e financiada", disse. Na preparação para o Pan de 2007, o ministério, em convênio com o Comitê Olímpico Brasileiro, antecipou a importação de equipamentos, os quais os atletas já poderão usar nos treinamentos. Os primeiros a se beneficiar serão os atletas do remo. Ao todo foram entregues 31 barcos de fabricação italiana.

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