Diversos | Rosália Silva | 30/01/2005 18h50

Funesp terá trabalho específico de detecção de talentos

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Esporte de Rendimento

Junto com a recém criada Funesp (Fundação Municipal de Esporte) em Campo Grande, funcionará a Divisão de Apoio ao Esporte de Rendimento. Segundo o titular da pasta, o professor  Jairo Ricardes Rodrigues, 38 anos, o trabalho dele será de "detectar" talentos na Capital do Estado.

Especialista no esporte de rendimento, Jairo já viveu os dois lados da moeda. Foi atleta da Seleção Brasileira de Judô, sendo o único sul-mato-grossense a trazer uma medalha do Campeonato Europeu, além de ter chegado três vezes ao ouro no Brasileiro, alcançado duas vezes o título de campeão universitário e uma vez o de Brasileiro Máster.

Formado em Educação Física passou para o outro lado do tatame. Fez uma especialização em treinamento esportivo e depois outra específica em judô pela UFRJ.  E foi um dos cinco técnicos brasileiros indicados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e CBJ (Confederação Brasileira de Judô) a participar do curso da ODEPA, organização responsável pela organização do Pan-Americano.

Em 2002, o atual professor da IESF em Campo Grande, ganhou o título de Melhor Técnico, no Prêmio Esporte/MS, realizado pela Fundesporte. Título que volta a concorrer este ano com outros quatro profissionais do Estado. Uma de suas últimas felicidades do professor Jairo foi o atleta revelado na Funlec, Gabriel Pantoja, campeão sul-americano e melhor do Campeonato no ano passado.

Preocupado com algumas notícias que circularam na imprensa do Estado, de que ao assumir a Funesp, João Rocha teria beneficiado aos companheiros da Federação de Judô na composição da Fundação de Esporte, Jairo esclarece que a sua indicação foi em função de todo o trabalho que ele vem desenvolvendo com o esporte de rendimento pelo Estado.

Pescando talentos
"Vamos fazer um trabalho direcionado", afirma, mostrando que desde as disputas escolares, incluindo os Jogos da Reme e os Jogos Escolares de Campo Grande, que reúne alunos de doze até 16 anos, a Prefeitura terá "olheiros peneirando" atletas, que muitas vezes se perdem por falta de um trabalho específico. Os selecionados serão encaminhados para testes físico e médico e depois passarão para uma segunda fase, a do rendimento.

Para Jairo, se isso não começar a ser feito, "vamos ficar vivendo de talentos esporádicos", que aparecem e se não forem bem aproveitados se perdem.  Dentro desta visão, a Funesp contará com três projetos: o embrião, geração de campeões e sonho olímpico. Jairo reconhece que o Pan-2007 e Olimpíadas de Pequim estão muito próximos, por isso afirma que os resultados aparecerão somente a partir de 2.012. "Temos dentro da Federação de Judô o projeto Pan-2007, porque não fazer isso com as outras modalidades também?", questiona.

Ele adianta, que nesta segunda-feira, às 18 horas, um atleta de Campo Grande passará por testes no mais avançado laboratório de avaliação médica e física que existe em MS, instalado na IESF/Unigran. Segundo Jairo, está sendo estudada uma parceria entre a Funesp e a instituição de ensino para uso do laboratório nos projetos do esporte de rendimento.

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