Diversos | Divulgação | 12/07/2005 18h09

FIA que dar tecnologia da F-1 a motoristas comuns

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O organismo que dirige a Fórmula 1 está conversando com as principais montadoras de carros sobre a tecnologia que usa o calor gerado durante as freadas para dar mais impulso à aceleração.
Um porta-voz da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta terça-feira que há interesse nos sistemas de retenção de energia com relevância direta aos motoristas comuns.

\"Queremos que a Fórmula 1 se torne um mostruário de tecnologias de ponta que tenham relevância direta para os consumidores,\" disse ele. \"Pode se tornar uma oportunidade para as montadoras.\"

Segundo o jornal Guardian, o executivo-chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, disse que o sistema, que fornece 60 cavalos de potência a mais durante cerca de cinco segundos nas retomadas, é atrativo.

O efeito pode relembrar a era do turbo nos anos 1980.

\"É o tipo de desafio técnico que estaríamos dispostos a aceitar\", disse. \"É certamente algo em que gostaríamos de nos envolver.\"

O presidente da FIA, Max Mosley, de acordo com o jornal, disse que \"este conceito teve uma resposta entusiasmada dos fabricantes de carros.\"

O debate pode ser visto como um ramo de oliva entre as fabricantes e Mosley, que lutam uma prolongada batalha sobre o futuro comercial do esporte.

Renault e Toyota têm suas próprias equipes, e a BMW está comprando a Sauber. A Mercedes tem 40% das ações da McLaren e a Honda possui 45% da BAR. A Ferrari, da Fiat, já está ao lado da FIA.

Pesquisa

A FIA divulgou na semana passada os resultados de uma pesquisa feita entre 93 mil fãs em 180 países. 64% disseram que esperam novidades tecnológicas em cada temporada e 80% concordam que a tecnologia avançada diferencia a Fórmula 1 de outros esportes motorizados.

Ao mesmo tempo, 88% disseram que a habilidade dos pilotos é o aspecto mais essencial do esporte.

Mosley argumenta há tempos contra o uso de tecnologia que custa milhões, mas sem nenhum benefício óbvio.

\"Isso pode fascinar engenheiros que, gastando milhões de euros, podem construir uma nova caixa de câmbio com relações 0.25 mm mais finas, mas ninguém mais sabe se importa\", disse ele, ao apresentar as propostas de mudanças de regras para 2008.

\"Não há valor adicional para o público que, no final das contas, para por tudo.\"

\"Se eliminarmos os exercícios de engenharia sem sentido, mas caros, ainda sobram enormes áreas de interesse técnico, algumas com relevância direta para a engenharia automobilística.\"

 

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