Clubes do DF participarão do Segundo Tempo
Os clubes sociais do Distrito Federal abrirão as portas para um novo público. Uma parceria entre essas entidades e o Ministério dos Esportes amplia a versão regional do Programa Segundo Tempo. A expectativa do governo é atender, em todo o Brasil, cerca de um milhão de crianças carentes. No DF, o número chegaria a 21 mil. O Segundo Tempo pretende colocar alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas em contato com o esporte. A prioridade é atingir comunidades carentes próximas aos clubes conveniados. Depois do horário letivo o estudante terá acesso a aulas do esporte preferido, monitorado por professores e estagiários específicos do programa. Em dois anos de funcionamento, a abrangência é tímida no DF. No ano passado, o Programa tinha apenas cinco parcerias. Até dezembro de 2004, o Segundo Tempo conseguiu fechar acordo com 32 entidades, entre ONGs, sindicatos e outras instituições, além de parcerias entre quarenta clubes sociais. Nem todos, porém, funcionam em plena capacidade. O Ministério e a Secretaria de Esportes esperam a retomada das aulas. Até lá, tanto os clubes quanto os parceiros terão tempo de planejar sua ação e atrair os estudantes. "Brasília tem muitos clubes segmentados, muito específicos para certos tipos de público. O papel da entidade é agregar a população carente em um grande projeto social", afirma Helvécio da Silva, presidente do Clube da Saúde. O sindicato dos clubes da região acredita em uma rápida adaptação, com o início efetivo dos trabalhos a partir do dia 15 de janeiro. Helvécio da Silva considera a iniciativa do governo muito boa, embora tenha restrições ao papel mobilizador empregado nos objetivos do Segundo Tempo. "O termo inclusão social é muito abrangente. Embora o esporte tenha um caráter mobilizador, sem o apoio da comunidade fica difícil incluir mais um turno do horário letivo", explica. Se o aluno estuda de manhã, irá ao clube à tarde, e vice-versa, durante três dias da semana. O Ministério dos Esportes acredita que o projeto elevará a qualidade do esporte educacional no Brasil. Além disso, os alunos ficarão menos tempo expostos a situações de risco social e, aposta o Ministério, haverá diminuição da evasão escolar.
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