Segunda-feira, 30 de junho de 2025, 19:26

João Gomes une paixão e propósito na trajetória pelo handebol

da redação - 27 de jun de 2025 às 14:44 146 Views 0 Comentários
João Gomes une paixão e propósito na trajetória pelo handebol Da Redação

“Quando você se concentra em algo que quer conquistar, nada no mundo te impede de alcançar aquilo que deseja.” A frase poderia ser de um atleta consagrado, colecionador de medalhas e contratos milionários. Mas pertence a João Vitor Gomes dos Santos, 20 anos, estudante de Educação Física, trabalhador autônomo e jogador de handebol por paixão.

Natural de Campo Grande, João começou no esporte por influência de colegas e de um professor da escola pública. Hoje, integra a Associação Desportiva Valhalla equipe emergente do handebol sul-mato-grossense, onde tem se destacado como um dos nomes mais atuantes da temporada de 2024.

“Meu primeiro contato com o handebol foi na Escola Municipal Professor Nagib Raslan, através do professor Cristiano, em 2016. O interesse surgiu por causa das Olimpíadas do Rio, a primeira que consegui acompanhar, e também pelo envolvimento dos meus colegas de turma com o esporte”, conta. O evento mundial, ao lado da vivência escolar, acendeu a faísca de uma paixão que, com o tempo, foi ganhando espaço na vida e na rotina do jovem campo-grandense.

A oportunidade de integrar o Valhalla veio anos depois, em 2022, no último ano do ensino médio, quando o professor Gabriel Menezes — também técnico da UFMS — o convidou para treinar com o grupo. “Minha primeira partida em campeonatos pelo Valhalla foi em 2023, no JASGO. E em 2024 fui um dos destaques da equipe, atuando em todos os jogos do ano”, afirma.

João não esconde que jogar na Valhalla é mais do que fazer parte de um time. É um ambiente que gera pertencimento. “O que mais me motiva é o próprio ambiente que o Valhalla te proporciona. Estar em quadra com seus amigos e poder desfrutar do que o esporte te proporciona não tem preço.”

A rotina da equipe é compartilhada com a da UFMS. Os treinos ocorrem de forma integrada, já que atletas universitários também atuam pelo Valhalla em campeonatos específicos. Segundo João, a estrutura ainda é limitada, mas o espírito de grupo compensa. “Tem atletas que defendem a universidade e também integram a equipe do Valhalla em algumas competições.”

Ao lembrar os principais momentos da carreira, João destaca duas competições recentes como as mais marcantes. “O JASGO em 2024 foi o campeonato mais especial até agora. Ficamos em segundo lugar, e foi o primeiro pódio e o primeiro troféu da história da Associação. Isso tem muito valor. Já os Jogos Abertos de Campo Grande, também em 2024, foram onde mais me destaquei individualmente.”

Apesar do bom desempenho, João deixa claro que o esporte, para ele, é uma escolha de vida e não de carreira. “Nunca foi meu objetivo ser um atleta profissional. Eu jogo por hobby e pelos amigos que fiz dentro do esporte”, pontua. Ainda assim, ele mantém uma meta clara: disputar um JUBs (Jogos Universitários Brasileiros) até os 25 anos. “É um sonho que quero realizar representando meu estado.”

Conciliar trabalho, faculdade e esporte é um desafio constante. “Estou no terceiro ano de Educação Física na UCDB e trabalho de forma autônoma. Às vezes não tenho horário para sair do serviço, mas tento treinar pelo menos duas vezes por semana.” A rotina apertada, no entanto, não diminui o compromisso com a equipe.

Para além da quadra, João também tem opiniões sobre o futuro do handebol no país. E defende uma estratégia que comece na base. “Investir em escolinhas e projetos sociais, ampliar as transmissões em mídias, capacitar treinadores e integrar o handebol nas escolas são passos chave para fortalecer a modalidade.”

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