A tradicional revista francesa France Football, conhecida por entregar o prêmio "Bola de Ouro" (Ballon d'Or) aos melhores jogadores da temporada do futebol, anunciou, nesta segunda-feira (20), o cancelamento da edição 2020 da premiação. Esta será a primeira vez que a "Bola de Ouro" não será entregue desde sua criação em 1956.

Para justificar a decisão, a publicação revelou, em seu site, sete motivos para o cancelamento. Todos eles remetem à paralisação do futebol mundial por alguns meses por conta da pandemia do coronavírus. A France Football fala na ausência de "condições justas suficientes" e também que quer evitar que o vencedor tenha um asterisco colocado ao lado de seu nome. Além disso, a revista ainda cita que os 220 jurados distribuídos pelo mundo "podem ter sido distraídos ou desviados de sua missão de observação devido a outras prioridades e emergências a serem gerenciadas".

A revista ainda citou a retomada do futebol em circunstâncias completamente diferentes do normal, como ausência de torcida nas arquibancadas, cinco substituições em campo e quartas de final e semifinais da Champions League e da Europa League disputadas em jogos únicos. "Essa escolha não nos encanta, mas tem como objetivo proteger a credibilidade e legitimidade do prêmio", disse a publicação.

Normalmente, a France Football escolhe os melhores jogadores do mundo no masculino, feminino, goleiro e também na categoria abaixo de 21 anos. No ano passado, por exemplo, os vencedores foram o argentino Lionel Messi (masculino), a americana Megan Rapinoe (feminino), o brasileiro Alisson (goleiro) e o holandês Matthijs de Ligt (Sub-21).

Apesar da decisão tomada pela revista, a Fifa não deverá seguir o mesmo caminho. O prêmio "The Best", entregue pela entidade que comanda o futebol mundial, teve a festa de gala presencial, que seria em 21 de setembro, cancelada, porém deve acontecer de maneira virtual. A Fifa ainda estuda "diferente alternativas".