Sexta-feira, 04 de julho de 2025, 05:29

Campeã Brasileira, Thalyta projeta disputar o Pan-Americano de kickboxing

da redação - 3 de jul de 2025 às 15:03 44 Views 0 Comentários
Campeã Brasileira, Thalyta projeta disputar o Pan-Americano de kickboxing

Aos 13 anos, a sul-mato-grossense Thalyta Sayuri da Silva Castanho vive uma rotina intensa entre os estudos e os treinos na academia que funciona dentro da própria casa, em Campo Grande (MS). Após anos de dedicação e aprendizado nos tatames, a jovem atleta alcançou um dos maiores objetivos de sua curta carreira: o título de campeã brasileira de kickboxing.

“Consegui ser campeã brasileira depois de tentar em 2023 e 2022”, afirma a atleta, que integra atualmente a Seleção Brasileira da modalidade. A conquista coroa uma trajetória iniciada ainda na primeira infância. “Comecei treinando karatê com 2 anos de idade”, relembra. O kickboxing entrou na rotina em 2022, quando passou a treinar sob a supervisão do próprio pai. “Comecei a treinar kickboxing junto com meu pai.”

O ingresso em competições nacionais e internacionais ocorreu de forma rápida. Em 2023, Thalyta começou a disputar os primeiros campeonatos e, no ano seguinte, representou o Brasil em dois eventos internacionais. Em Vila Velha, Espírito Santo, conquistou o primeiro lugar. Já em Santiago, no Chile, terminou em terceiro lugar no Sul-Americano. “Pra mim significa que estou chegando perto do meu sonho cada vez mais, incentivando as crianças, dando orgulho a todos.”

Com a experiência adquirida nos tatames e o apoio da família, a atleta não esconde a motivação que a impulsiona diariamente. “O que me motiva é o meu pai, a minha vó e o meu vô”, resume. Ela reconhece o papel central do pai na formação como atleta e pessoa. “Deus em primeiro lugar e meu pai é e sempre vai ser meu ídolo.”

A rotina de treinos é intensa, com atividades de segunda a sábado. “Terça e quinta das 17h às 18h e das 19h às 20h. Segunda, quarta e sexta das 19h às 20h”, detalha. A academia fica no quintal da casa da família, onde Thalyta deu seus primeiros passos. “Eu aprendi a engatinhar no tatame, andar no tatame.”

Além da preparação física, ela concilia os treinos com os estudos. “Estudo de manhã e a academia fica na minha casa.” Essa proximidade com o ambiente de treino, aliada ao suporte familiar, facilita o comprometimento com os objetivos esportivos.

Thalyta já tem compromissos importantes pela frente. Depois do título brasileiro, ela projeta disputar a Copa Brasil e o Pan-Americano. Mesmo com a pouca idade, demonstra consciência sobre os desafios e a importância da dedicação contínua. “Não desista dos seus sonhos. O que é para ser será, tudo na hora de Deus, e treine, treine, porque a porrada vai comer.”

Ao contrário de muitas atletas que relatam preconceito ou dificuldades por serem mulheres em esportes de combate, Thalyta acredita que o cenário vem mudando. “Não, pois caminho com meu pai desde pequena e todos me conhecem. Mas eu acho que hoje em dia não tem mais isso.”

Comentários

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos com * são obrigatórios.