Troféu Brasil de Jiu-Jitsu lota Sindicato dos Bancários em Campo Grande
A Federação Sul-Mato-Grossense de Jiu-Jitsu (FSMJJ) realizou neste sábado (9), o Desafio Troféu Brasil MS Jiu-Jitsu que aconteceu no Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS. A competição reuniu 33 agremiações, com equipes da Capital Morena, do interior de Mato Grosso do Sul e do estado de São Paulo. No total, 380 atletas participaram da 10ª etapa do circuito MS que encerrou o calendário de eventos oficiais da federação neste ano.
O Desafio Troféu Brasil MS finalizou os 16 eventos oficiais organizados pela FSMJJ no estado, em 2019. Em seu cronograma, a competição reuniu lutas nas categorias infantil 1, 2, 3 e 4, juvenil, adulto, master e contou com o Festival Kids, onde foram trabalhados a parte lúdica da luta com crianças de 4 a 7 anos de idade.
380 atletas participaram da 10ª etapa do circuito MS (Foto: Gabriel Sato)
De acordo com o presidente da Federação Sul-Mato-Grossense de Jiu-Jitsu, Fábio Rocha, os eventos são importante para promover o jiu-jitsu no estado de Mato Grosso do Sul. "Neste ano, foram um total 10 etapas de evento com kimono e cinco sem, além dessas 15 competições, tivemos o Indoor Black Belt, evento para os faixa preta de jiu-jitsu do Brasil inteiro. De 16 eventos oficiais, quatro foram realizados a nível nacional".
O vice-presidente da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Desportivo (CBJJD) e presidente da Federação de Jiu-Jitsu Desportivo do Rio de Janeiro (FJJD-RIO), Rogério Gavazza, marcou presença na competição e parabenizou a federação sul-mato-grossense pelo trabalho realizado. "Esta etapa do Troféu Brasil é decisiva, fizemos no início do ano, em abril, o Sul-Americano Centro-Oeste, o Brasileiro Centro-Oeste, em agosto, e agora, o Troféu Brasil, onde definirão os campeões do ranking. E, a federação está de parabéns, pois vai presentear os melhores do ano com a viagem para disputar o Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Desportivo, em maio de 2020, na Arena olímpica do Rio de Janeiro.
Segundo ele, o esporte milenar, desenvolvido, no Brasil pela família Gracie, aumenta o número de praticantes não só em território nacional, mas como em todo o mundo. "O Jjiu-jitsu vem crescendo e sua evolução traz novas oportunidades para atletas e professores. Emirados Árabes, Qatar, estão requisitando profissionais brasileiros para trabalharem lá com o jiu-jitsu".
Vice-presidente da CBJJD e presidente da FJJD-RIO, Rogério Gavazza (Foto: Gabriel Sato)
Arbitragem
A arbitragem da competição foi composta por oito árbitros divididos nas quatros áreas de disputa do desafio. Segundo o árbitro Frank Lemos, todos os profissionais da arbitragem do jiu-jitsu, necessariamente, precisam ser lutadores para estarem aptos. "Não temo como ser árbitro de jiu-jitsu sem lutar, a exigencia é que seja, no mínimo, faixa marrom, uma antes da preta. Fazemos um curso, e após concluirmos, temos um estágio avaliado pelo corpo de arbitragem".
De acordo com Lemos, um rodízio entre os árbitros é realizado para que ninguém se desgaste e prejudique a luta. "Como ficamos de 7 a 8 horas arbitrando, é humanamente impossível não se desgastar, então fazemos um rodízio para que todos possam ter um momento de descanso". Ele explica que nas lutas consideradas mais "difíceis", três árbitros são colocados para comandar o duelo, e ambos possuem o mesmo poder de decisão, no entanto, o árbitro central é quem conduz o combate. Em caso de voto, a melhor de três define a decisão.
Arbitragem da competição (Foto: Gabriel Sato)
Projetos
O projeto social desenvolvido pelo atleta Glaudiston Luiz Simczak, saiu de Miranda-MS rumo a Campo Grande-MS, com quatro atletas. Conquistaram quatro medalhas, três ouros e uma prata. De acordo com Simczak, o projeto surgiu há 1 ano e 2 meses e atende 10 crianças. "Dou aula dentro de casa, desmanchei ela e faço o projeto nela, onde dou aulas de jiu-jitsu, muay thai, aulas de musica e violão, e aulas de inglês e espanhol. Estamos trazendo as crianças aqui para competir, já é a quinta vez neste ano".
Simczak morou nos Estados Unidos da América por seis anos, onde foi treinar e dar aulas de jiu-jitsu e muay thai. Segundo ele, a volta para o Brasil foi para passar a experiência que adquirida na terra do 'Tio Sam', porém ao retornar, encontrou muitas dificuldades. "Voltei ao Brasil para passar um pouco de informação para as pessoas que não tiveram a mesmo oportunidade que eu, e chegando aqui, consegui comprar uma casa que era da minha família e fiz o projeto nela. Atendo, hoje, 10 crianças que chegam às 14h saem às 20h, treinando e estudando".
Grupo de Miranda participa do desafio (Foto: Gabriel Sato)
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