Personalidade: Raphael Gibson
Raphael Gibson
Ele começou no skate por ser 'ruim de bola' quando morava no Rio de Janeiro (RJ). "Foi aí que me mandei do Rio para o Rio Grande do Sul, em Cruz Alta. Lá todo mundo andava de skate", conta. "Pedi um pro meu pai de aniversário e nunca mais larguei".
Morando em Campo Grande há pouco mais de dois anos, o carioca Raphael Gibson, de 19 anos, é um dos representantes do Estado no Circuito Maremoto de Skate, um dos mais importantes do país e que acontece em quatro etapas durante o ano. No torneio, pontuam os 15 melhores de cada categoria e, ao final, o campeão recebe uma moto 0 km. Os árbitros, skatistas profissionais reconhecidos pela Confederação Brasileira de Skate, avaliam estilo, velocidade e grau de dificuldade da manobra.
Mesmo com o pouco tempo na Capital, ele já observa onde o skate sul-mato-grossense pode melhorar. "A nova pista da Orla Morena é um presente para nós skatistas, mas o nosso fraco é outro. A Federação não tem feito muito por nós, estamos tendo que tirar do próprio bolso pra representar nosso Estado", lamenta. "Temos aqui em Campo Grande um campeão brasileiro que parou de competir por falta de assistência e outro que se mudou pra Brasília porque aqui não tem infraestrutura", aponta.
Raphael treina frequentemente no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Lá, "bota o Ipod tocar" e pratica as manobras que apresentará nas competições. Porém, além do profissionalismo, ele enxerga um outro lado no esporte.
"O skate foi um presente pra mim. Ele ajudou na minha auto-estima, porque a competição é com você mesmo, é superação. Outro ponto é a amizade. Quando um amigo seu ganha o campeonato você fica feliz, porque apesar de individual, é um esporte de integração", finaliza.
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