EXCLUSIVO: Com o lema 'O Gigante voltou!', projeto ambicioso reergue o Esporte Clube Taveirópolis
Clube tradicional da Vila Taveirópolis, em Campo Grande, está de volta após 13 anos longe dos gramados. Empresário carioca tem o sonho de conduzir a equipe ao cenário nacional do futebol.
Em Mato Grosso do Sul, já se tornou comum no noticiário esportivo defrontar-se com informações acerca de fechamento de clubes, que não conseguiram sanar dívidas e com episódios de brigas internas, além de desistência de competições por parte de agremiações devido à falta de verba para arcar com manutenção de elenco, profissionais da comissão técnica e viagens pelo estado, entre outros gastos para entrar em campo tanto pela primeira, quanto pela segunda divisão do Campeonato Sul-Mato-Grossense.
Esporadicamente, principalmente no início de todo ano, período de pensamentos otimistas, especulações e pretensões a serem concretizadas ao longo de 365 dias, aparecem novidades a respeito de tentativas de ex-dirigentes e até mesmo de grupos de adeptos de reerguerem, alguns clubes do estado, presentes em suas memórias e corações. Na maioria das vezes, é a boa e velha “conversa furada” e fica somente no campo da imaginação, não por má disposição, mas por impulso de momento, motivado principalmente pela paixão e desejo de ver o estimado clube de volta à ativa. Em relação aos clubes que “sumiram do mapa”, as taxas referentes à reativação na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e até mesmo Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assustam os empenhados em reescrever a história de times por estas bandas.
Com o Esporte Clube Taveirópolis (Taveira ou Taveirinha, para os íntimos), fundado em 30 de julho de 1938 e que tem berço no bairro que dá o nome à agremiação, na região urbana da Lagoa, no Sudoeste de Campo Grande, o ressurgimento ruma a um desfecho bem-sucedido. O tradicional clube da capital, que possui torcedores dormentes e órfãos no bairro Taveirópolis (o bairro inteiro, praticamente, torcia ou simpatizava com o clube), que abraça o antigo Estádio Elias Gadia (hoje, praça poliesportiva), está sob nova administração. Gestão esta que promete, com todas as letras, reerguer a equipe, resgatar seus torcedores e revolucionar o futebol sul-mato-grossense, há quase três décadas em descrédito. O motivo para a comum desesperança entre os amantes do esporte bretão na Cidade Morena e no estado de modo geral todos sabem, do leigo ao que, inclusive, lida com futebol para sobreviver: o mal controle e má vontade dos cartolas da federação local em lidar com a modalidade jogada com os pés, que a dominam por anos a fio no estado e impedem qualquer tentativa “fora da caixa” de administrar o futebol.
O projeto para alavancar o clube da Vila Famosa (nome carinhoso para o bairro Taveirópolis) é ambicioso e suscita espanto imediato, diante da realidade de inércia constante do futebol sul-mato-grossense nos últimos anos, que um dia já foi grande e chegou a despontar nos palcos maiores. Então, o fã da modalidade no estado está acostumado a não se iludir mais, a não sonhar tão alto e criar expectativas. O novo comando do Esporte Clube Taveirópolis está nas mãos de Marcelo César de Freitas Pereira, mais conhecido como Marcelo “Pantera”, carioca, ex-jogador de futebol profissional e, atualmente, dono da The Panther (“A Pantera”, em inglês) Assessoria Esportiva, clube-revelador localizado em Nova Iguaçu-RJ responsável por lançar e agenciar jovens talentos das categorias de base e profissionais. O elenco profissional é composto principalmente por jogadores emprestados de clubes de expressão do Rio de Janeiro e de outros que disputam a divisão principal do Campeonato Carioca. O Pantera também tem em seu nome uma construtora e promete investir na equipe taveropolina.
Que história é esta?
O Esporte Ágil foi procurado e recebeu informação anônima de que o popular Taveira pisaria novamente nos gramados e em breve, por mais surpreendente que possa parecer. Após o contato recebido, por vários dias a reportagem investigou o que foi informado e apurou os fatos, chegando ao nome de Pantera, que concedeu entrevista ao veículo esportivo que atua ininterruptamente 15 anos na cobertura esportiva em Mato Grosso do Sul. O ex-atleta do Botafogo de Futebol e Regatas (RJ), Club Athletico Paranaense (PR) e Sport Club do Recife (PE) revela que, devido ao fato de encerrar a carreira futebolística muito cedo devido a uma lesão grave, sua vida ainda “não estava realizada por completo”. “Eu ainda não sou um homem realizado no futebol, minha intenção era chegar à seleção brasileira como jogador e eu tinha potencial para isso. Uma lesão acabou com minha vida, com meu sonho, com tudo”.
Após pendurar as chuteiras, por ter relação próxima a dirigentes e contato com outras pessoas do mundo do futebol, Pantera voltou à Cidade Maravilhosa e recebeu o convite para trabalhar como auxiliar técnico nas categorias de base do Botafogo, Fluminense Football Club, até chegar ao Club de Regatas Vasco da Gama, último clube em que prestou serviços antes de abrir seu próprio negócio, a The Panther Assessoria Esportiva. “Eu vi muita covardia acontecendo no meio do futebol. Como auxiliar técnico e professor, eu não podia fazer nada e eu sempre busquei chegar ao futebol em um patamar maior, mas nunca tive a oportunidade. Então, comecei a ajudar alguns meninos carentes que não tinham chances neste universo, porque não possuíam empresários para entrar nos clubes. Foi quando eu abri a assessoria para ajuda-los e, hoje, tenho garotos de muito potencial”.
Atletas da The Panther Assessoria Esportiva (Foto: Divulgação/The Panther)
O empresário evidencia que a assessoria é filiada à CBF, mas sentiu a necessidade de aderir à gestão de um clube para colocar os garotos para jogar, ganhar experiência e “formar currículo”. “Não vou mentir que meu sonho também era gerir um clube, ter os domínios e poder vê-lo crescer, com trabalho sério e profissional. Quero mostrar que sei desenvolver futebol de ponta e que aceito qualquer tipo de desafio, já tive vários em minha vida. Não quero me sujar com ninguém, até porque a única coisa que tenho a zelar nesta vida é o meu nome e o da minha família”.
Treinamento de alto rendimento será repetido em Campo Grande (Foto: Divulgação/The Panther)
Pantera conta que, pelos anos de carreira com a bola nos pés e consecutivas viagens Brasil afora, fez amizades em todas as regiões do país. Em Campo Grande, ele afirma ter relação amigável com um treinador de um clube da primeira divisão estadual, que o indicou possíveis clubes interessados em negociar o comando e, ainda, a aquisição por completo. Todavia, Pantera pediu ao Esporte Ágil para não divulgar o nome do técnico, que sabendo do interesse do amigo do Rio de Janeiro, direcionou-o primeiramente ao Clube de Esportes União (Ceu)/ABC para viabilizar tratativas de assumir a gestão.
Categorias de base da The Panther (Foto: Divulgação/The Panther)
Sem sucesso no primeiro contato, o empresário foi redirecionado, desta vez ao Clube Esportivo Nova Esperança (Cene), hexacampeão sul-mato-grossense, que pediu licença (afastamento) em 2016, após cair para a Série B do Estadual, após campanha irreconhecível na divisão principal. O empresário carioca pontua que com a agremiação do finado Reverendo Sun Myung Moon também não houve acerto, por causa de “incompatibilidades” e difícil contato com os atuais administradores. À reportagem, Pantera não quis expor detalhes das negociações com ambos os clubes da capital.
Foi então que, prestes a retornar ao Rio de Janeiro frustrado pela negativas, afirma, recebeu telefonema inesperado do mesmo colega (e técnico na capital) com nova orientação de tentar encontrar a atual diretoria do Taveirópolis, mesmo inativo, para tratar sobre a reativação do clube, com o objetivo de se efetivar como novo presidente eleito, dentro das normas que regem o estatuto. Por ser associação sem fins lucrativos, o que impossibilita transações financeiras para assumir a gestão, Pantera entrou em contato com o último representante, que possuía toda a documentação do Taveira, Dirceu Mathias, para convocação de assembleia geral, que o definiria legalmente como presidente do time. “Ele [o amigo, técnico] me apresentou ao Dirceu, a gente sentou, conversamos e acertamos toda a papelada. Foi feita a assembleia, registrada em cartório, foi dada a entrada burocrática, paguei uns débitos pendentes e ficou tudo certo”, relata Pantera. O requerimento/ata da assembleia foi assinado em 22 de fevereiro deste ano (confira a foto do documento abaixo). Os débitos inconclusos, segundo o empresário, estavam na casa dos R$ 9 mil.
Ata da assembleia geral que oficializou nova diretoria (Foto: Lucas Castro/Esporte Ágil)
Depois de resolvidas as questões da diretoria, o próximo passo foi verificar a situação do Taveira junto à FFMS. “O Dirceu me disse pra ir à sede da FFMS após a documentação estar pronta. Como eu queria viabilizar isso da maneira mais rápida possível, aprontamos a documentação de manhã e à tarde fomos à entidade”. Pantera não quis “abrir o jogo”, mais uma vez, sobre os detalhes da conversa na sede da Federação.
Planos e metas: subir à Série A de MS é "obrigação"
Pantera colocou na cabeça que a principal meta, após as questões de regularização, era participar do Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol Série B deste ano e levar de imediato o Taveirópolis à elite do estadual. No entanto, segundo ele, a documentação não ficou pronta a tempo, a ponto de não conseguir inscrever o time na competição. “Fiquei chateado, fiz todo um movimento para poder estar aqui. Se a documentação não atrasasse, eu vinha para subir e eu subiria, com todo respeito aos meus adversários, mas este é o foco que colocamos em mente”.
O otimismo para subir à Série A do Estadual de prontidão tem explicação. Marcelo Pantera tem acordo assinado com 25 atletas, que estão de passagem compradas para Campo Grande. Ele relata que a maior partes dos jogadores do plantel foram negociados amigavelmente junto a outros clubes do Rio de Janeiro, que cederam em troca de “minutos” de jogo aos atletas e, consequentemente, experiência futebolística. “Quando a gente vem do futebol, fica um pouco mais fácil fazer este contato com clubes de todos os portes, porque já conhecemos outros atletas, ex-atletas, empresários do ramo e dirigentes. Eu não sou ninguém, mas tenho amigos e vou usar destas amizades, que querem me ajudar a ter sucesso e eu também vou ajudá-los”.
As tratativas com os mandatários de outras agremiações não tiveram entraves, alega Pantera, porque a ideia inicial era trazer o elenco para um campeonato de “tiro-curto”, como a Série B do Estadual 2019, que possui apenas quatro clubes inscritos. Por este motivo, os jogadores foram facilmente liberados, mediante conversa “olho no olho”. “Estes 25 são jogadores que, hoje, estão na reserva da reserva, são terceira opção em seus respectivos clubes no Rio. Quando eles não jogam, ficam só treinando. A liberação foi mais rápida por este motivo também, porque combinei que seria uma oportunidade de disputar um campeonato, de não ficarem parados, só treinando. Neste grupo, tem jogadores do Nova Iguaçu Futebol Clube, America Football Club, Esporte Clube Tigres do Brasil, além de outros dos grandes times do Rio”.
Pantera ressalta ainda que adquiriu patrocínio no Rio de Janeiro para “vir com tudo” disputar a Série B. Ele não quis revelar o valor acertado, mas classificou como “bom” apoio financeiro, que daria condições de ficar em situação confortável na primeira divisão sul-mato-grossense também. Como a inscrição nesta edição da Série B “melou”, o Esporte Ágil questionou o que será oferecido em Campo Grande a estes 25 atletas e o que farão durante longo período de inatividade em competições oficiais, sendo que a próxima edição da segunda divisão de Mato Grosso do Sul (o Taveira terá de começar por esta, por ter ficado desativado) está prevista para acontecer somente por volta do mês de outubro de 2020.
“Vou trabalhar o pessoal do sub-19, tem alguns jogadores no elenco com esta faixa etária e que estão sedentos para atuar. Com estes, o foco é o Estadual Sub-19, pois queremos chegar à Copa São Paulo de Futebol Júnior (Copinha), está no nosso planejamento também além de subir rapidamente o profissional do clube à primeira divisão daqui e elevar o Taveirópolis ao patamar que ele merece. Com o sub-19, não vou esperar 15 dias antes do Estadual para começar a trabalhar”, diz.
Quanto aos atletas acima de 19 anos, Pantera enfatiza que pretende realizar amistosos, um atrás do outro, além de competições temporárias em outros municípios e até estados vizinhos. “Os que ficarem, do profissional, vão ficar fazendo amistosos dentro e fora da cidade. Não vou dispensar ninguém, vão ficar por aqui. A Série B 2020 será só em outubro, vou ter este custo com eles até lá. Também terá uma longa pré-temporada. Posso até emprestar para clubes da Série A do Estadual do ano que vem, mediante conversa. Eles vão ficar aqui trabalhando e quando chegar a competição estarão prontos. Quando acabar o campeonato, continuarão trabalhando, com amistosos, pré-temporada, viagens e jogos fora, esse ciclo tudo de novo”.
Estrutura
Pantera revela, com exclusividade ao Esporte Ágil, que já providenciou o espaço onde será a sede administrativa do clube. Trata-se da estrutura física na qual funcionava a antiga Enigma Casa de Shows e Boate, na Vila Manoel Taveira. Conforme o empresário, o espaço estava disponível para aluguel, mas ainda se encontra em estado de desuso, após mudança de endereço da casa noturna em 2018.
“Está tudo demolido, mas estamos trabalhando para mudar isso, alguns homens já estão mexendo na obra há alguns dias. Estou mandando reformar as piscinas, os alojamentos e a intenção é alojar os jogadores no local o mais rápido possível, para eles se ambientarem com a cidade e sentirem o desejo de pertencer ao Taveirópolis”, explica. De acordo com Pantera, o local possui 39 quartos, número suficiente para encaixar, com conforto, o elenco de 25 jogadores que chegarão em breve do Rio.
Sede administrativa do Taveira em Campo Grande (Foto: Lucas Castro/Esporte Ágil)
O carioca afirma que o objetivo é “fazer barulho na cidade, mas não quero desmerecer ninguém, não vou passar por cima de ninguém, quero garantir meu espaço e fazer futebol de qualidade, justo, sempre respeitando meus adversários e dirigentes de outros clubes”. Com o slogan “O Gigante voltou!” estampado embaixo, o escudo do Taveirópolis será pintado em tamanho considerável e para quem quiser ver no muro da sede administrativa.
Nome do clube no muro foi pintado nesta quinta-feira (26)
Nas laterais do muro de cor branca, o mandatário do Taveira irá colocar em destaque as logomarcas dos patrocinadores angariados na capital fluminense. O foco, diz ele, é conseguir apoiadores também em Campo Grande. “Esta frase que vai embaixo do escudo é motivacional, pra mostrar que o clube vai retornar ao lugar que merece, pra dar aquele sentimento bom ao torcedor que sente saudades”.
“Quero, acima de tudo, resgatar o nome do Taveirópolis. Sei que o os torcedores nunca tiveram a chance de ver um título oficial no profissional, está na hora de mudar isso. Talvez as pessoas que vieram e tentaram reerguer o time [ex-presidentes e demais dirigentes, como Alceu Bueno, por exemplo] não tiveram força suficiente para poder fazer um bom trabalho, mas estou aqui para executá-lo”, complementa.
Alguns dos dormitórios, que passam por reformas (Foto: Lucas Castro/Esporte Ágil)
A sede administrativa contará também com sala de imprensa (exclusiva para coletivas), cozinha, salão principal, salão de jogos, recepção, sala de troféus e conquistas, academia de fortalecimento muscular e escritório de reuniões da diretoria, além de quartos especiais para hospedar membros da comissão técnica e diretores. Outro plano é criar uma loja oficial para vender artigos do Taveira, desde camisas a pôsteres.
Pantera não pensa em alterar as características tradicionais do clube, como nome, emblema e cores oficiais. “Não penso em mudar de jeito nenhum. O escudo, as cores e nome são a essência do clube, que é tradição da cidade. Não quero trocar nada da cidade e que remeta a ela. Antes de vir para cá, li muito a respeito da história do clube e a abracei com todas as forças. Quero dar aos torcedores, que ficaram sem o Taveirópolis por muitos anos, e aos novos que vamos conquistar, um motivo de orgulho, não vim aqui para brincadeira”.
O centro de treinamento ainda não está definido. O empresário destaca que, junto a sua equipe da assessoria esportiva, está à procura de espaços práticos, com estrutura para mais de um campo de futebol e que possa ser disponibilizado o mais breve possível. Alguns nomes como o Tênis Clube foram ventilados, durante apuração da reportagem, mas ninguém soube confirmar.
Antiga boate será reformada para dar "casa" aos taveropolinos (Foto: Lucas Castro/Esporte Ágil)
Apesar disso, Pantera tem o desejo pessoal de recuperar a área do antigo Estádio Elias Gadia, que hoje abriga a Praça Esportiva Elias Gadia, para a construção de um novo estádio. Ele confessa que a proximidade com a comunidade local, de origem do clube, é um dos elementos para alavancar de volta a equipe ao cenário futebolístico de Mato Grosso do Sul e da região Centro-Oeste. “Estou vendo de pegar aquilo tudo de volta. Se for possível e dentro da legalidade, vou acertar isso, vou até o prefeito, sentar com ele e ver se a gente consegue chegar a um acordo. Se chegarmos, vou apresentar todos os meios possíveis para termos de volta o nosso tradicional estádio. Se não der certo, vamos comprar uma área e eu vou fazer de tudo para construir um estádio na cidade”.
Os jogadores
Quando eles vêm? Os 25 jogadores devem desembarcar na segunda semana de outubro na capital sul-mato-grossense. Eles viajarão do Rio de Janeiro até aqui com um ônibus próprio, com capacidade para 40 passageiros que, conforme Marcelo Pantera, será envelopado com o escudo e as cores do Taveirópolis, posteriormente, para uso em serviços pela cidade e em viagens intermunicipais. A viagem deve durar cerca de 23 horas. A data apresentação do elenco em Campo Grande ainda será definida pela diretoria, com convocação da imprensa em geral.
No total, 27 atletas iriam compor o plantel, porém, devido à não participação do Taveira no Estadual Série B deste ano, clubes detentores dos direitos de dois atletas pediram a reintegração ao elenco de origem, pelo fato de não serem colocados para jogar ainda este ano. Na arte abaixo, de apresentação dos jogadores para posterior divulgação nas redes sociais, aparecem os 27.
Veja os atletas que desembarcarão na Cidade Morena:
Lista de convocados com missão de ressuscitar Taveira (Foto: Divulgação/EC Taveirópolis)
De acordo com o novo mandatário taveropolino, no domingo, dia 15 de setembro, foi realizado um jantar em um restaurante de Nova Iguaçu-RJ, com tom de despedida entre jogadores e familiares, em ato de assinatura de contratos, além de coletiva e divulgação à imprensa local acerca da movimentação dos atletas rumo a Mato Grosso do Sul. Nas fotos a seguir, basta reparar que o emblema do Esporte Clube Taveirópolis, com a frase “O Gigante voltou!” logo abaixo, aparece atrás dos jogadores durante atendimento aos jornalistas, em uma espécie de backdrop (painel de marketing para promover produtos e marcas).
Slogan motivacional ao fundo durante jantar no Rio (Foto: Divulgação/EC Taveirópolis)
Jogadores do Taveira em solenidade e atendimento à imprensa (Foto: Divulgação/EC Taveirópolis)
"Cria" do América-RJ, Adriano Amaral será um dos líderes da equipe (Foto: Divulgação/EC Taveirópolis)
Tássio Nascimento foi campeão nacional no Panamá recentemente (Foto: Divulgação/EC Taveirópolis)
Memórias
O Taveirópolis coleciona vários títulos dos tempos de várzea e era uma das agremiações mais atuantes nas competições organizadas pela Liga Esportiva Municipal de Campo Grande (Lemc), responsável pela administração do futebol na cidade antes do profissionalismo. A profissionalização da equipe ocorreu em 1979, 41 anos após sua criação.
Segundo o blog 1 Time por Dia, a melhor campanha no Campeonato Sul-Mato-Grossense profissional aconteceu em 2003. Na ocasião, o time taveropolino terminou o certame na terceira colocação, de um total de 14 clubes. Ao todo, foram 12 jogos, seis vitórias, dois empates e quatro derrotas. A equipe marcou 21 gols e sofreu 14 contra. No ano seguinte, chegou ao quarto lugar.
Onze inicial de 1955 do Taveira
(Foto: Reprodução/Livro "Futebol, uma fantástica paixão", de Reginaldo Alves de Araújo)
O Taveira jogou pela última vez uma partida da primeira divisão em 3 de julho de 2004, quando empatou com o conterrâneo Operário Futebol Clube em 2 a 2. O blog salienta que o clube pediu afastamento logo depois, por falta de apoio financeiro. Porém, o mandante do Estádio Elias Gadia voltou aos gramados em 2006, ficando na terceira posição da segunda divisão do Campeonato Sul-Mato-Grossense.
O último duelo registrado do Taveirópolis ocorreu em 18 de junho de 2006, na vitória por 4 a 2 sobre a Sociedade Esportiva Pontaporanense (Sep), de Ponta Porã, município distante a 312 quilômetros de Campo Grande. De lá para cá, o time não participou de nenhum confronto oficial.
O Esporte Ágil acompanha de perto os detalhes do ressurgimento do Esporte Clube Taveirópolis.
Reportagem de Lucas Castro, da redação do Esporte Ágil.
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