Leandrinho diz que liberação será discutida após o playoff

São Paulo (SP) - Eleito o melhor reserva da NBA, o ala-armador Leandrinho Barbosa acredita que a liberação de sua equipe, o Phoenix Suns, para ele defender a Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos e no Pré-Olímpico só será discutida após o fim dos playoffs.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o melhor jogador brasileiro da atualidade ressaltou que no momento a franquia está concentrada na disputas dos playoffs. Nas quartas-de-final da Conferência Oeste, o Phoenix tem vantagem de 3 a 1 em cima do Los Angeles Lakers.

"Vontade (de defender a Seleção) não falta, mas não depende apenas de mim. Acontece que os caras não querem conversar sobre isso agora porque o time está envolvido com os playoffs", afirmou.

Leandrinho, no entanto, acredita que sua participação no Pan pode ser descartada. "O Pan acho que não jogo porque eu tenho que descansar", avisou.

Para o Pré-Olímpico, a perspectiva do jogador é mais animadora, mas ele ressalva que nenhum jogador de destaque da NBA consegue liberação das franquias facilmente.

"Eles têm medo de uma contusão. Preferem que, se for para o atleta se machucar, que seja aqui, onde têm os médicos e os recursos do clube. Não acontece só a com gente. A Argentina tem o mesmo problema com o Ginóbili e o Oberto, que jogam no San Antonio Spurs", explicou.

Outro empecilho é a desconfiança dos clubes norte-americanos com o seguro que as confederações são obrigadas a oferecer ao atleta.

No começo do ano, Leandrinho disse que o Phoenix Suns poderia dizer não à liberação porque após a disputa do Mundial feminino, a pivô Alessandra reclamou da ausência de amparo da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) para tratar da sua contusão.

A CBB garante que não há problemas com o seguro da Seleção e ressalta que só aguarda os times da NBA divulgarem o valor do seguro a ser pago para obter liberação dos jogadores da Seleção.

Os pivôs Nenê e Rafael "Baby" Aráujo e o ala-pivô Anderson Varejão, todos na NBA, também deverão ser chamados para defender o Brasil nas duas competições. Os dois primeiros, no entanto, pediram liberação do Mundial do último ano e devem fazer o mesmo se forem convocados para as duas próximas competições.