Olimpíadas | UOL | 09/01/2008 14h36

Rio se inspira em Curitiba para acabar com caos do transporte

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Rio de Janeiro (RJ) - Os problemas da área de transporte do Rio de Janeiro minaram a última tentativa da cidade de organizar os Jogos Olímpicos. Para que o erro não se repita, a prefeitura e o comitê de candidatura adotaram uma solução caseira para tentar convencer o Comitê Olímpico Internacional de que pode realizar os Jogos de 2016.

Na apresentação da candidatura, o Rio 2016 propôs a criação de três vias com faixas exclusivas para ônibus, no modelo criado por Curitiba, há 30 anos, chamado BRT (Bus Rapid System). O sistema envolve, além de vias exclusivas, pontos elevados e sistema de pagamento prévio, como em estações de trem ou metrô.

"É um sistema que deu certo em Curitiba e está sendo usado em Bogotá, no Transmilênio, com uma capacidade de transporte muito maior do que a que precisaremos", explicou o secretário geral do comitê de candidatura, Carlos Roberto Osório.

A previsão é que sejam criadas três linhas de BRT, sempre com origem na Barra da Tijuca, bairro que será o coração da cidade olímpica. Duas linhas, no Corredor T5, que liga a Barra à Penha, e a Ligação C, que une Barra à Deodoro, já fazem parte dos planos da prefeitura, mesmo se o Rio não vencer a disputa olímpica. A terceira linha, entre Barra e Zona Sul, prevê a construção de novos viadutos e túneis paralelos à auto-estrada Lagoa-Barra, mas só sairá do papel caso o Rio seja eleito.

Os custos dos três projetos, que ainda inclui a construção de autopistas para carros em duas das três linhas, é de US$ 1,28 bilhões, segundo Osório. A prefeitura do Rio já tem orçadas as linhas de BRT do Corredor T5 (US$ 453 milhões) e da Ligação C (US$ 306 milhões).

Durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, a área de transporte era uma das que mais preocupava os organizadores. A solução foi a criação de novas linhas de ônibus que atenderem a região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá. Além disso, foram designadas faixas exclusivas nas principais vias da cidade, apenas para ônibus credenciados que carregavam a Família Pan, formada por atletas e credenciados.

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