Olimpíadas | UOL | 08/01/2008 17h54

Rio-2016 prevê também o final de Delamare e Célio de Barros

Compartilhe:

Rio de Janeiro (RJ) - O projeto para as Olimpíadas de 2016 não prevê apenas o fim do Autódromo de Jacarepaguá. O complexo do estádio do Maracanã, em obras que serão usadas também para a Copa do Mundo de 2014, deve perder o Parque Aquático Júlio Delamare e o estádio de Atletismo Célio de Barros.

As duas instalações levantam polêmica desde o fim dos Jogos Pan-Americanos. O governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, já tinha falado na demolição para modernizar o estádio do Maracanã. Um dos pontos deficitários do local é a falta de local para estacionamentos, que seria resolvida com as demolições. O complexo conta ainda com o ginásio do Maracanãzinho.

Em contrapartida, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do comitê de candidatura, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que o parque aquático e o estádio de atletismo serão reconstruídos em um terreno próximo, pelo governo estadual. O governador Sérgio Cabral, porém, não falou sobre o tema nesta terça-feira.

Revolta - O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, aceitou oficialmente a decisão de Nuzman. Antes, porém, em reunião fechada com os representantes das confederações nacionais, fez um discurso inflamado, falando que achava um absurdo destruírem um parque aquático moderno e recém reformado.

Após a apresentação pública, o dirigente estava mais calmo, mas ainda assim tinha ressalvas. "A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) só deixa o Delamare quando o novo parque aquático estiver pronto. Até lá, ficamos onde estamos", avisou.

Segundo ele, a proposta só foi aceita porque Nuzman garantiu a construção do novo parque. "O Nuzman me disse que o governo garantiu a construção e eu acredito nele. Com base nisso, não temos porque impedir a demolição. Não posso ser mais realista do o rei. Mas sou contra derrubar um parque aquático novo em folha", disse.

No discurso fechado para os presidentes das confederações, Coaracy disse que "se esse era o preço a ser pago pelas Olimpíadas no Brasil, ele iria aceitar".

O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Mello, não foi contra a demolição, mas também falou no novo estádio. "Com essa decisão, vamos ter um estádio moderno. O Célio de Barros não tinha pista auxiliar, então é bom para o atletismo, que vai ganhar uma instalação moderna".

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS