Olimpíadas | (Com informações do COB) | 17/08/2004 11h54

Primeiro medalhista ainda acha que vitória foi sonho

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Primeiro medalhista ainda acha que vitória foi sonho

Leandro Guilheiro ainda não despertou do sonho. O tempo passou rápido para o judoca desde a conquista da medalha de bronze em Atenas e o judoca ainda não se deu conta de tudo o que está ocorrendo com ele. "A ficha ainda não caiu. Acho que isso só vai acontecer quando eu retornar ao Brasil", comentou Leandro, na entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira, dia 17, na Casa Brasil. "A sensação que tenho agora é de alívio. De ter acabado toda a pressão que vem desde antes da conquista da vaga para Atenas. Quando chegar em casa é que vou sentir mesmo toda a felicidade pela conquista da medalha", acrescentou. Responsável pela conquista da primeira medalha do Brasil em Atenas, Leandro só conseguiu dormir às 2h30min desta terça-feira (9h30min de segunda-feira em MS). Depois da cerimônia de premiação, das comemorações no ginásio com os companheiros de equipe e de falar por telefone com a mãe (Regina), o pai (Geraldo) e a irmã (Joyce), ele começou a viver seus primeiros momentos de celebridade, concedendo entrevistas ao vivo nos estúdios montados por algumas emissoras de tevê do Brasil em Atenas. Na manhã desta terça-feira é que Leandro começou a sentir os efeitos do grande esforço a que se submeteu até a conquista da medalha. Ele disputou sete lutas até o bronze, superando adversários mais experientes e com currículo recheado de medalhas internacionais. "Dormi mal à noite. Estou sentindo dores no corpo, em função do desgaste das lutas". O grau de dificuldade que o Leandro enfrentou para conseguir seu objetivo foi grande. "Ele pegou vários adversários fortes', comentou o chefe de equipe do judô, Ney Wilson. "Mas a luta decisiva para ele foi a primeira. O espanhol é o atual campeão europeu. O resultado deu confiança para o Leandro para o restante da disputa", completou, lembrando ainda que Leandro subiu ao pódio ao lado dos três últimos campeões mundiais. Ney ressaltou também o trabalho de preparação realizado pela Confederação Brasileira de Judô, que montou uma equipe muldisciplinar, formada por técnicos, médicos, nutricionista, psicólogo, entre outros profissionais, e deu a estrutura necessária aos atletas. "Foi fundamental a criação da seleção olímpica permanente e todos os treinamentos realizados dentro e fora do Brasil. Sem isso, seria difícil conseguir resultado como esse", finalizou o chefe de equipe do judô.

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