Olimpíadas | (Com informações de agências) | 20/07/2004 19h39

Mulheres farão esquema 3-5-2 em Olimpíadas

Compartilhe:

Mulheres farão esquema 3-5-2 em Olimpíadas

Única representante do futebol brasileiro nas Olimpíadas de Atenas, a seleção feminina, dirigida por René Simões, entrará em campo na Grécia priorizando o toque de bola rápido e com uma formação "mais fácil" para as mulheres. O treinador, que assumiu a equipe em março, afirmou que as mulheres têm a tendência de querer jogar como os homens, mas que tem lutado desde o início de seu trabalho para mudar essa mentalidade. "Estamos desprogramando tudo o que estava na cabeça delas e reprogramando em termos de conceitos técnicos e táticos e de movimentação em campo", disse. "Elas queriam ter uma dinâmica igual a dos homens, de um futebol ofensivo, com dribles e passes longos. Mas os brasileiros só podem fazer isso porque têm a mesma força física que os estrangeiros", disse ele. "Isso não acontece com as mulheres, então precisamos de um futebol rápido, de toques curtos e com uma marcação eficiente. Estamos levando um tempinho para conseguir isso, mas elas estão entendendo". Simões acredita que ao jogar com três zagueiras ele facilita o entendimento tático das jogadoras, principalmente na defesa. O técnico afirmou que o 4-4-2 exige muito das laterais, que precisam defender e atacar com freqüência. Com três jogadoras atrás, sendo uma líbero com a responsabilidade de sair jogando, o técnico afirma que o time pode ter uma maior tranquilidade na defesa. "O 4-4-2 é mais complexo para elas entenderem porque os laterais precisam fechar no segundo atacante e depois atacar. No 3-5-2 fica mais fácil porque fecho com três jogadoras e uso o líbero para sair jogando", disse o técnico, que deve escalar Juliana Cabral para a vaga de líbero. Apesar do enfoque na defesa, Simões diz que a seleção vai jogar para frente em Atenas. O treinador afirmou que precisará repensar o ataque brasileiro depois da perda da atacante Kátia Cilene, que sofreu uma lesão no joelho direito e deve ser operada. A jogadora, que atua nos EUA, agravou uma contusão antiga durante um amistoso contra a seleção norte-americana sub-21 no final de abril e ainda será avaliada pelo médico da CBF, José Luiz Runco, mas o treinador já está certo da perda. "Vamos ter que repensar porque perdemos a Kátia Cilene, que era uma referência lá na frente. Eu já tinha uma base e vamos ter que repensar em cima da Olimpíada". Simões adiantou que deve testar como opções para a vaga de Kátia Cilene a veterana Roseli e a meia Marta, que vinha jogando na armação de jogadas da seleção. Outra opção é a convocação da meia-atacante Sissi, que defendeu a equipe por mais de 10 anos e liderou a seleção aos quartos lugares nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, e de Sydney, em 2000. Aos 37 anos, a jogadora mora nos Estados Unidos e já aceitou o convite, mas depende da aprovação de seu visto nos EUA para poder sair do País.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS