Olimpíadas | Máquina do Esporte | 13/06/2020 10h30

Jogos Olímpicos correm risco de perder patrocinadores

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O adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio de 2020 para 2021 por conta da pandemia do coronavírus não para de causar dor de cabeça ao Comitê de Organização dos Jogos e também ao Comitê Olímpico Internacional (COI). A questão da vez é a dúvida de uma série de patrocinadores de estender os acordos de patrocínio para além de dezembro deste ano, quando, em teoria, as competições já teriam sido realizadas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela emissora pública japonesa NHK, 2/3 das empresas patrocinadoras não têm certeza se estenderão os patrocínios por mais um ano, ou seja, até dezembro de 2021. A NHK revelou que enviou um questionário a 78 marcas e obteve respostas de 57 delas. Dessas, 65% disseram que nem sequer iniciaram conversas com o Comitê Organizador. Apenas 12% confirmaram que planejam, sim, estender os contratos.

Segundo a pesquisa, os principais fatores para a dúvida são dois: o impacto econômico negativo da pandemia nos cofres das empresas e o fato de se cogitar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos sem a presença de público ou, pelo menos, com número de torcedores reduzidos, o que também significaria um número bem menor de turistas na capital japonesa durante a realização das duas competições.

Em resposta à pesquisa, diversas marcas também revelaram que a proibição da realização de eventos promocionais por conta das restrições impostas pelo governo japonês em relação à aglomeração de pessoas também é um fator bastante adverso, uma vez que fica difícil patrocinar um evento esportivo sem poder fazer ativações em cima dele e, assim, ganhar exposição de marca.

Vale lembrar que, durante uma reunião on-line realizada nesta semana, o COI e o Comitê Organizador dos Jogos concordaram em sediar jogos "simplificados", cortando, por exemplo, os encargos financeiros causados ​​pelo adiamento e priorizando salvaguardas contra o Covid-19. Até o momento, o Japão contabiliza mais de 17,2 mil casos confirmados da doença e 923 mortes, de acordo com a contagem realizada pela universidade americana Johns Hopkins.

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