Olimpíadas | Da redação | 22/07/2004 16h06

Canoas, cavalos e armas vão antes para Atenas

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Canoas, cavalos e armas vão antes para Atenas

A excessiva preocupação com a segurança na Olimpíada de Atenas está se tornando um contratempo para os atletas que vão à Grécia em busca de medalhas e recordes. Temendo alguma ação terrorista, a organização do evento está exigindo que as embarcações utilizadas nas competições de remo, vela e canoagem sejam mandadas para o País com antecedência, para serem inspecionadas. A medida está deixando alguns atletas a pé, a pouco mais de um mês da abertura dos Jogos. Uma das vítimas do zelo grego é o canoísta brasileiro Sebastian Cuattrin. Há duas semanas, ele teve o primeiro contato com seu caiaque novo na etapa da República Tcheca da Copa Mundo. Chegou a uma semifinal e uma final B, e despediu-se da embarcação. Só vai reencontrá-la em Atenas. "Todo o material vai ser embarcado num contêiner e submetido a um raio-x especial para minimizar os riscos", disse Cuattrin, que só pôde trazer para o Brasil o banco e o suporte para o pé, exatamente as duas inovações em relação ao caiaque antigo. "Ficou melhor, mas tive dificuldade de me adaptar. Dá para regular melhor e remar gostoso", explica. "Preferi trazer para o Brasil porque deixar para fazer o ajuste no dia (da competição) é fria..." O canoísta disse entender a preocupação do Athoc (Comitê Organizador de Atenas 2004) e revelou ter medo de ataques terroristas durante os Jogos. Para não correr risco, Cuattrin já tem uma tática definida. "Não vou botar o pé fora da Vila Olímpica", avisa. "O motivo básico é a segurança e o segundo é que não vou ter tempo. Estarei concentrado e não dá para ficar fazendo turismo. Vou lá para representar o País da melhor forma que eu conseguir", explica. Com três Olimpíadas no currículo, Cuattrin diz que nunca precisou mandar seu caiaque para a sede dos Jogos com tanta antecedência. Segundo o superintendente da Polícia Federal carioca, José Milton Rodrigues, designado para comandar a missão de segurança do Brasil em Atenas, a inspeção nos barcos é normal e será estendida às armas do tiro e aos cavalos do hipismo. "Como são vários países envolvidos, tem que fazer antes para evitar alguma confusão em cima da hora", explica.

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