Olimpíadas | Da redaçao | 14/08/2004 19h50

Benjamim do vôlei de praia estréias às 7h30 deste domingo

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Benjamim do vôlei de praia estréias às 7h30 deste domingo

Os primeiros brasileiros a pisar na areia do Centro Olímpico de Vôlei de Praia, no bairro de Faliro, em Atenas, será o cearense Márcio e o sul-mato-grossense Benjamin. Eles jogarão contra os franceses Stephane Canet e Mathieu Hamel às 14h30m (7h30 de MS). Até hoje, foram quatro confrontos entre as duas duplas, todos com vitórias dos brasileiros. De Dourados, a família do jogador de vôlei de areia, o porto-murtinhense Benjamin Insfran, 32 anos, acompanhará com muita torcida a primeira partida do jogador, que faz dupla com o cearense Marcio. O pai, o militar aposentado, Ranulfo Insfran, 57 anos, a mãe Efigênia Insfran, a irmã Maria Helena Isfran e o cunhado Hugo Vega, que moram no Parque Alvorada em Dourados estão orgulhosos pela presença de Benjamin nas Olimpíadas. Benjamin nasceu em Porto Murtinho e em 1989 mudou-se para Dourados, quando começou a praticar vôlei de areia. Atualmente ele mora em Fortaleza no Ceará. Benjamin começou a jogar vôlei na quadra, mas uma contusão no tornozelo o levou a se mudar para a praia, em 1996. Seu primeiro parceiro foi Toninho. Jogando ao lado de Alemão, em 1998, foi eleito a revelação do Circuito Brasileiro daquele ano pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Sul-mato-grossense radicado em Fortaleza, Benjamin vive e treina na capital cearense há cinco anos. A partir de 1999, passou a formar dupla com Márcio. A primeira conquista importante da parceria foi o título brasileiro de 2000, ano em que Benjamin também foi eleito o melhor jogador do país. Em 2001, Benjamin viveu um momento bastante delicado: teve um tumor lombar e sua perna direita ficou totalmente paralisada. Passou toda a temporada afastado das competições e médicos diziam que ele não jogaria mais vôlei. Por iniciativa da esposa, canadense, Benjamin consultou um médico em Montreal, que cuidava de jogadores de hóquei. Tratou-se com ele e consegui recuperar-se totalmente, voltando a jogar em dezembro do mesmo ano. Naquela temporada e nas duas seguintes, porém, Benjamin e Márcio viram os troféus escaparem por entre os dedos. Em três edições do Circuito Brasileiro, a dupla conquistou três vices consecutivos. No Circuito Mundial foram mais dois segundos lugares - em 2002, atrás dos argentinos Conde e Baracetti, e 2003, depois de Ricardo e Emanuel. Apesar do favoritismo dos atuais campeões nacionais e mundiais, Benjamin e Márcio também são grande esperança de medalha para o Brasil em Atenas. Depois de tantas \"bolas na trave" nos últimos tempos, 2004 pode ser o ano da consagração da segunda dupla do país. \"Com a preparação que fizemos, se equilibrarmos o emocional, vai ser fácil pra gente ganhar as Olimpíadas\", completo Benjamin.

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