Olimpíadas | (Com informações do COB) | 28/08/2004 19h14

Basquete feminino do Brasil perde o bronze

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Basquete feminino do Brasil perde o bronze

A meta de ficar entre as quatro melhores equipes nos Jogos Olímpicos de Atenas foi alcançada pelo basquete feminino do Brasil. Mas, desde Barcelona - 1992, quando a equipe brasileira ficou em sétimo lugar, que a Seleção Brasileira não volta para casa sem uma medalha na bagagem. O time foi prata em Atlanta - 1996 e bronze em Sydney - 2000. O próximo objetivo passa a ser o Mundial de 2006, a ser realizado no Brasil. O jogo deste sábado, disputado no Ginásio Olímpico de Atenas, terminou com o placar de 71 a 62 para as russas. Para o técnico Antônio Carlos Barbosa, o planejamento deve ser iniciado desde já. "Em casa temos que fazer com que essas jogadoras joguem bastante. A nossa responsabilidade será grande. A renovação acontecerá normalmente. Algumas meninas que foram campeãs mundiais sub-21 poderão ser aproveitadas", disse. Segundo Barbosa, o Brasil está no mesmo nível dos adversários. "Não somos melhores do que ninguém. Podemos ganhar ou perder. Preocupante seria não virmos para os Jogos Olímpicos. São poucas as equipes no mundo que conseguem se manter na elite há dez anos. Temos que continuar o trabalho. Não é nenhum pesadelo ficar em quarto. Acho que não houve nenhuma hecatombe", analisou. Destaque do Brasil nos Jogos Olímpicos de Atenas, a pivô Alessandra acha que é hora de se refletir sobre o futuro do basquete no país. "Temos que pensar já no Mundial de 2006. Este é o momento. Alguma coisa está acontecendo de errado. O problema não é só no adulto, tem que se olhar para a base. Há a necessidade de se investir na escola, trabalhar com crianças de 9, 10 anos. O Brasil também está carente de técnicos, tanto no masculino quanto no feminino", afirmou. Presente em todos as edições anteriores, a ala Janeth pensa que muita coisa mudou em quatro anos. "As seleções adversárias se aperfeiçoaram. Não conquistamos a medalha, mas mantivemos a posição de quarto lugar no ranking mundial. Nos meus 17 anos de Seleção, o basquete feminino do Brasil esteve entre os melhores, apesar de todas as dificuldades. Agora temos que criar mais equipes, buscar mais patrocinadores e investir na formação de base", declarou a jogadora de 34 anos, que não disputará os playoffs da WNBA pelo Houston Comets e estuda propostas para jogar o próximo Campeonato Brasileiro, em outubro. Sobre seu futuro na Seleção, Janeth não quis adiantar se disputará o Mundial de 2006. "Atenas não foi uma despedida para mim. Mas não sei como estarei fisicamente daqui a dois anos. Psicologicamente estarei bem, isso não é o problema. Estou participando intensamente de várias competições. Fica difícil pensar nisso com a cabeça quente após a perda da medalha", disse. O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, destacou o trabalho que vem sendo feito no esporte. "Hoje temos cinco jogadores na NBA, todos na faixa dos 20 anos, e estamos com uma nova Seleção Brasileira no masculino. Esse trabalho leva de oito a dez anos e esse buraco está suprido. No feminino, estamos há dez anos entre as quatro melhores do mundo. Já fizemos contato com vários países visando à preparação das seleções adultas para os Campeonatos Mundiais de 2006. No próximo ano, antes da Copa América (Pré-Mundial), iremos disputar amistosos contra as principais forças do basquete", declarou.

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