Ginástica | Jeozadaque Garcia/Da redação | 31/05/2010 12h35

Ídolos servem de inspiração para jovens promessas do Estado

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Georgette Vidor é coordenadora da Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística. Georgette Vidor é coordenadora da Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia)

Campo Grande (MS) - A presença de nomes como Jade Barbosa, Mosiah Rodrigues, além dos irmãos Hypólito em Campo Grande, inspirou jovens promessas da ginástica em Mato Grosso do Sul neste final de semana (29 e 30), durante a I Etapa do Circuito Caixa de Ginástica e o Troféu Brasil. Os "miniatletas" tiveram um incentivo a mais para continuarem no esporte e, quem sabe, disputar uma Olimpíada.

"Eu quero ser igual o Diego [Hypólito] porque ele ganha muitos títulos", diz Matheus Felipe, de apenas 8 anos, que treina ginástica há 2. "Eu treino bastante, quero disputar as Olimpíadas igual ele e ganhar medalha", afirma. A mãe do jovem, Ana Paula Ferreira, garante que, apesar do preconceito, nunca deixou de incentivar o filho. "Muitos falam que é esporte menina, mas ele leva jeito. Se você for ver, ele é muito bom", afirma, orgulhosa, a mãe coruja. "Espero que vendo esses ginastas aqui em Campo Grande ele tome mais gosto pela coisa", acrescenta.

A funcionária pública Adriana Lima é outra que faz questão de incentivar a filha Marcelly, de 8 anos, a praticar algum esporte. "Ela faz judô também. Sempre quis que ela praticasse algum esporte. Mas admito que vim aqui pra ver a Danielle e a Jade", confessa aos risos. "Acho que eventos como esses são importantes pra incentivar a meninada de Campo Grande a praticar esporte. Ainda mais a ginástica que é linda", finaliza.

Coordenadora da Seleção enxerga talentos em MS

Responsável por revelar os maiores nomes da ginástica do Brasil, como Jade Barbosa e os irmãos Hypolito, a técnica Georgette Vidor, apesar do pouco tempo que passou em Campo Grande, afirmou que a Capital tem condições de ter atletas representando o Brasil em uma Olimpíada.

"Acho que sim. A Renata [Pinheiro] é uma menina que saiu daqui e, dependendo do empenho dela, pode chegar nos Jogos Olímpicos", aponta Georgette, que atualmente coordena a Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística, em entrevista ao Esporte Ágil.

Para a treinadora, o Estado teria que correr contra o tempo para colocar uma representante nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, já que a estrutura física da Capital não comportaria um atleta de alto-rendimento.

"É muito difícil ter um bom treinador, e agora Campo Grande tem o Alexandre. Mas para isso, precisa-se de aparelhagem, um ginásio que ainda não tem em Campo Grande. Para pegar ainda as Olimpíadas de 2016, isso teria que ser providenciado pra ontem", afirma.

Acessibilidade do Guanandizão gera reclamações

Além da dificuldade em achar um vaga para estacionar durante o Troféu Brasil, já que os "amarelinhos" fecharam uma rua em torno do Guanandizão, os cadeirantes tiveram um obstáculo a mais para acompanhar os ginastas.

"Vocês não sabem que os cadeirantes também querem assistir?", questionou uma mulher que acompanhava o evento. "Eu sou da organização. Isso você tem que perguntar pra quem construiu o ginásio", retrucou um dos responsáveis pela organização.

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