O TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu suspender, nesta terça-feira (29), o processo eleitoral para a presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), que estava agendado para o dia 1º de novembro. A decisão foi tomada após um mandado de garantia apresentado por Paulo Telles, ex-presidente do Cene e um dos candidatos, que alegou que a Comissão Eleitoral não seguiu os prazos estabelecidos no edital de convocação.

Sete candidatos estavam na disputa: Cláudio Barbosa, Tony Vieira, Américo Ferreira, Marco Antônio de Araújo, André Baird, Paulo Telles e o atual presidente interino, Estevão Petrallás.

A eleição seria realizada no Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, localizado no Museu da Imagem e do Som, a partir das 14h. Agora, a FFMS precisará definir uma nova data para o pleito, que só poderá ocorrer após a correção das irregularidades apontadas.

Para se candidatar à presidência, os candidatos devem atender a vários requisitos do Estatuto da FFMS, incluindo a ausência de condenações por crimes dolosos e regularidade nas prestações de contas. Além disso, para assumir o cargo, é necessário ter pelo menos três anos de experiência como presidente de um clube profissional de futebol no estado.

O novo presidente terá mandato até 2027, com posse, por enquanto, marcada para o dia 25 de novembro.

Investigação na FFMS - A Federação foi alvo de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em maio deste ano, que resultou na prisão e posterior destituição de Francisco Cezário de Oliveira da presidência, sob suspeita de corrupção.

A operação, chamada "Cartão Vermelho", foi iniciada em 21 de maio e investiga possíveis casos de lavagem de dinheiro na FFMS, que recebe recursos do Estado e da CBF há 27 anos.

O Ministério Público Estadual (MPE) aponta que uma organização criminosa se formou na entidade, com o objetivo de desviar verbas estaduais, seja por meio de convênios, subvenções ou termos de fomento, em benefício próprio e de terceiros.