Futsal | Da redação | 06/12/2004 17h39

Seleção Brasileira de Futsal chega nesta 3ª ao Brasil

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Seleção Brasileira de Futsal chega nesta 3ª ao Brasil

Após oito partidas disputadas, 48 gols marcados e nenhuma derrota em tempo normal, a Seleção Brasileira de Futsal despediu-se do V Mundial da Fifa com a terceira colocação. O bronze fez com que o Brasil avaliasse o crescimento da modalidade no mundo todo. "Pudemos perceber o progresso no futsal. No Mundial passado, na Guatemala, em 2000, o time da casa perdeu, em seu placar mais elástico, por 29 gols. Neste, a equipe sede foi derrotada por 12 gols no máximo. Na Ásia, o futsal está evoluindo, assim como na Europa. Também sabemos que a Argentina e o Paraguai estão investindo mais na modalidade e a Colômbia deve ser a próxima surpresa", comentou o técnico Fernando Coelho, o Ferretti. Neste domingo, o elenco nacional assegurou a terceira colocação da competição após derrotar a Argentina por 7 a 4. A Espanha, que venceu a Itália por 2 a 1, ficou com o título. O elenco nacional retorna ao Brasil nesta terça-feira. Mesmo longe do ouro, o Brasil garantiu os troféus de chuteira de ouro e prata, com Falcão (13 gols) e Índio (10), respectivamente, o de melhor jogador do Mundial (Falcão), e o troféu fair play, por ser a equipe mais disciplinada. A terceira colocação num Mundial foi algo inédito para o Brasil, que participou das sete finais até então disputadas - três sob o comando da Fifusa e quatro da Fifa. Com o fim da competição, Ferretti não sabe se permanecerá à frente do grupo e preferiu passar esta função para os dirigentes da Confederação Brasileira de Futsal. "Quem deve falar sobre isto é a CBFS. Da minha parte, tenho que agradecer e apresentar a minha demissão no final do meu contrato no dia 31 de dezembro. O meu ciclo na seleção terminou e acho que pude ajudar a mostrar que o futsal evoluiu muito. Não se ganha mais jogos com malabarismo, e sim com muita tática", finalizou o treinador. O fixo Schumacher, que disputou o seu segundo Mundial, disse que a terceira colocação foi um fracasso. "Já ganhei vários títulos pela seleção, mas não consegui vencer um Mundial. Espero me cuidar bastante e ter a oportunidade de estar no grupo de 2008, pois este é o título que falta para o meu currículo. Saio daqui triste porque esperava muito ganhar. Para quem esteve na Guatemala, esta terceira colocação é um fracasso, pois queríamos muito ser campeões", declarou, lembrando que a seleção precisa melhorar. "O Brasil precisa se espelhar em outras seleções, como na Espanha, por exemplo, e precisa ter mais responsabilidade, pois não se ganha mais jogos apenas com habilidade, o que vale é bola na rede. As derrotas são boas para aprendermos, nelas é que conseguimos enxergar os erros." O ala Manoel Tobias, que disputou o seu quarto e último Mundial, falou um pouco sobre a competição. "Fizemos treinos perfeitos e perdemos na hora dos pênaltis. Sempre tentei fazer o meu melhor e isto é o que é importante. Tivemos dignidade, profissionalismo e respeito e agora o Mundial acabou. Vou seguir para o meu clube e continuar o meu trabalho." O atleta disse que vai para a Espanha sem mágoas por ter atuado pouco. "Estou há 14 anos dentro da seleção e sempre respeitei as decisões. O Ferretti procurou fazer o seu melhor." O fixo Neto comentou a terceira colocação do Brasil. "Saímos do Mundial invictos, mas com a terceira colocação. Fizemos uma boa apresentação e não conseguimos converter as oportunidades em gol. Agora, bola para frente e vamos trabalhar para tentar estar no grupo de 2008 e trazer este título de volta para o Brasil." O ala Fininho, que ainda não sabe se deixará a Seleção, falou que sai de Taipei com a cabeça erguida. "Infelizmente não ganhamos, mas saio tranqüilo e sem mágoas", comentou o atleta, referindo-se ao fato de ter atuado pouco e não ter jogado na semifinal. "O Brasil tinha muitas peças de qualidade e demos chances para a Espanha jogar e ser campeã. Não perdemos, mas não conseguimos vencer o jogo que precisávamos, agora, vamos esperar mais quatro anos", lamentou. A Seleção Brasileira de Futsal tem patrocínio dos Correios, patrocinador oficial do futsal brasileiro, e da DalPonte, marca oficial da Seleção Brasileira de Futsal.

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