Futsal | Da redação | 12/12/2004 19h02

Costumes diferentes durante o Mundial na China

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Costumes diferentes durante o Mundial na China

Com o objetivo de popularizar ainda mais o futsal, a Fifa escolheu Taipei (China) para ser sede do V Mundial. Além das dificuldades normais de um campeonato, as seleções tiveram que ultrapassar barreiras como a língua, a comida, a cultura e o fuso horário. Mas, não foram só as seleções que sofreram com as mudanças de costumes; torcedores, dirigentes e jornalistas também tiveram que se virar para se adaptar com rapidez, já que o Mundial foi disputado em 15 dias e teve a Espanha como campeã. O transporte mais usado pelos jornalistas foi o metrô. Com rapidez e muita organização, conseguiu-se vencer a distância de forma segura e prática. A higiene do metrô também é algo para ser citado: no mesmo é proibido comer, beber e fumar, sendo que até chicletes não podem ser mascados. Além de obedecer às normas, os moradores ainda advertem os estrangeiros sobre as mesmas. Ainda no quesito transporte, os táxis não são as opções mais aconselháveis, ainda mais se parados no meio da rua. Os motoristas não falam uma palavra em inglês e não costumam negar uma corrida, mesmo que não saibam o endereço. Com isso, fica-se rodando pela cidade, sem entender uma palavra do motorista e sem encontrar a direção do hotel. Uma aventura e tanto. O ideal é sempre pegar o táxi na porta de algum hotel e pedir para o recepcionista instruir o motorista. Em Taipei, os estrangeiros sentem-se surdos e mudos, quando precisam se comunicar com um habitante que não fala inglês. A comida também é uma grande dificuldade. A alimentação deles é bem diferente, com um sabor adocicado, e os temperos têm um cheiro forte, o que chega a embrulhar o estômago. Coisas normais, como frios no café da manhã, não são costumes dos taiwaneses, e a solução era comer pão com ovo no café. O Mac Donald´s acaba sendo um amigo inseparável. Com o tempo, conseguiu-se descobrir melhores locais para as refeições, nos quais as massas e as saladas eram os pratos principais. Ah! Cuidado com a pimenta, já que a maioria dos pratos é carregado nela. As opções de noite em Taipei também são poucas. Os locais fecham cedo e a cerveja é muito cara. Para se ter uma idéia, uma long neck custa em torno de R$ 10. Isto, nos locais mais baratos, já que encontra-se uma lata por R$ 16. Um absurdo para quem gosta de uma cervejinha e precisa da sua companhia para dar uma relaxada devido ao dia estressante. O fuso também trabalhava contra os pobres jornalistas, pois fazia-se todo o trabalho de pesquisa durante o dia e escrevia-se apenas à noite, quando estava amanhecendo aqui no Brasil. Com isso, o turno de trabalho ficava bem grande. Mas, Taipei também tem coisas boas. A cidade é grande e bem desenvolvida. As motos dominam as ruas e os seus motoristas podem pará-las e deixar o capacete porque não há problema de assalto. As construções típicas dos templos e museus são ricas em detalhes e enchem os olhos. Sem contar nos eletrônicos, que são muitos e super modernos, algo bem futurístico mesmo. Estar em Taipei é experiência e tanto. Ultrapassar barreiras e abrir os braços para uma nova forma de vida são tarefas que tem que se fazer para levar estes dias da melhor maneira possível. E vale a pena, as aventuras de Bruce Lee ficarão sempre guardadas na memória. A única tristeza foi o Brasil não ter sido campeão. Mas, quem sabe em 2008, talvez aqui no Brasil mesmo. A Seleção Brasileira de Futsal tem patrocínio dos Correios, patrocinador oficial do futsal brasileiro, e da DalPonte, marca oficial da Seleção Brasileira de Futsal.

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