Futebol | Débora Oliveira | 02/06/2021 08h57

O que faz um Costa Rica Campeão

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No último domingo (23), o Costa Rica levantou pela primeira vez desde sua estréia o troféu de campeão do Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol. A campanha da Cobra do Norte foi superior às demais equipes do estado nos dois turnos disputados. 

O clube é um dos mais novos do estado. Fundado em 2 de dezembro de 2004, o Costa Rica teve acesso à Série A estadual em 2007, onde fez sua melhor campanha na competição ao terminar a rodada na terceira colocação.

Foi de olho no título que a diretoria do clube investiu pesado na temporada de 2021, investimento esse que terminou com o tão sonhado título, além de uma campanha brilhante como líder geral nas duas fases, a equipe com o melhor ataque, ao lado do Operário (35 gols) e a melhor defesa com apenas 6 gols sofridos e uma derrota durante todo o campeonato.

O goleiro Rodolfo Fagundes de Freitas, 34 anos, é natural de Coxim/MS e foi um dos destaques da equipe do Costa Rica na temporada de 2021. Em entrevista ao Esporte Ágil ele fala sobre seu início no clube, “Minha chegada foi em 2019 após o Estadual pela equipe do Comercial. Recebi o convite para vir para Costa Rica jogar a Copa Verde e é sempre um clube muito bem falado no estado, então fiquei muito feliz com o convite para dar início a esse projeto”.

Foto: Vinícius Eduardo

A boa defesa foi uma peça fundamental para a conquista do CREC, e o arqueiro conta o que a temporada significou para a equipe, “Foi uma temporada muito importante, além de termos o melhor ataque também tivemos a melhor defesa, acho que somos a melhor defesa entre todos os estaduais do Brasil em quantidade de jogos, pois a gente jogou 17 partidas e acho que nos outros estaduais não chegam a isso. A gente teve uma preparação de 20 dias, não era o que o treinador queria, mas no decorrer da competição a gente foi se incorporando, criando um corpo, uma identidade e facilitou”.

Para Rodolfo a concentração e a determinação do grupo foi algo fundamental para a conquista, pois todos sabiam da importância que os jogos em casa contra o Operário, Dourados e Aquidauanense representavam, além de ter uma equipe mesclada entre atletas mais jovens e mais experientes, o que ajudou a manter o foco e os bons números dentro de casa, com 8 vitórias e 1 empate. 

Fagundes acredita que a preparação física e técnica dos jogadores foi muito bem feita, o que os fez se sobressair das demais equipes no decorrer das partidas “Nossa equipe manteve um nível técnico muito bom, era uma equipe bastante aplicada, a rapaziada estava bem focada em ser campeã e acho que isso foi um fator determinante para nós. O trabalho de toda comissão técnica, do Ito Roque, do Carlão, que é preparador físico, do Betinho e do Danilo, que foram nossos treinadores de goleiros, foi muito importante. Nas rodadas finais, na parte física, a nossa equipe se sobressaiu sobre as outras, estávamos muito bem preparados em um intervalo muito curto de jogo a gente estava conseguindo se recuperar bem e voltar pro jogo seguinte inteiro”.

O bom resultado da equipe foi reflexo de um trabalho muito bem feito por parte da diretoria do clube, mas o arqueiro sabe que Mato Grosso do Sul ainda precisa evoluir muito em apoio e incentivo ao esporte estadual, a começar pelas categorias de base que são as responsáveis por revelar jovens com o sonho de construir carreira como atleta profissional.

 “Acredito que falta transparência dos clubes para com a federação na questão de cobrar um patrocínio e ter um investidor, se os clubes estiverem fazendo seu papel direito eu creio que a federação dará todo o apoio para que o nosso futebol volte a brilhar novamente no cenário nacional e, também trabalhar as categorias de base, pois a gente tem competições mais fortes como o Estadual, enquanto o Sub-19 dura 15 dias, as vezes até menos que isso. A federação devia rever isso, pois essa garotada é boa de bola e sonha em jogar em clubes grandes, a base é essencial para que o nosso futebol futuramente possa voltar a brilhar”.

Foto: Vinícius Eduardo

Na temporada de 2022, o Costa Rica será o representante sul-mato-grossense na Copa Verde, Campeonato Brasileiro da Série D e na Copa do Brasil,  e aos atletas segue a ansiedade e a continuidade de um bom trabalho para fazer história mais uma vez.

“É o momento da Federação correr junto com o Costa Rica, pois é um clube que dá todas as condições e você trabalha tranquilamente. A ansiedade bate a cidade sempre sonhou em participar de uma Copa do Brasil, de competições nacionais. No ano que vem a gente tem três competições nacionais além do Estadual, será um ano muito carregado, mas com muito trabalho a gente vai buscar e levar o nome de Costa Rica e do nosso estado novamente ao cenário nacional de futebol”.

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