Esportes Radicais | Da redação | 19/07/2005 16h10

Deputado quer proibir bungee jump no Brasil

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O deputado federal João Paulo Gomes da Silva (PL-MG) enviou no dia 5 de julho um projeto de lei ao governo que visa proibir a prática do bungee jump no Brasil. "Esse projeto pode ser ampliado a outros esportes por iniciativa minha e de outros colegas também", explica o deputado.

A iniciativa ocorreu após a morte da estudante Letícia Santarém Amaro Rodrigues no dia 3 de julho, quando ela saltou do pontilhão ferroviário entre os municípios de Araguari e Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro. Uma peça do equipamento rompeu, fazendo com que Leticia caísse de uma altura de aproximadamente 50 metros.

Segundo o deputado, é necessário proibir o esporte e não apenas regulamentar. "Por se tratar de um esporte muito radical, com risco muito acentuado e onde os acidentes são normalmente fatais e levando em conta que o Estado Brasileiro deve zelar pela saúde física e integridade da pessoa eu não vi outra opção mais viável do que estabelecer a proibição", afirma o político. Isso significa que qualquer pessoa que tentar praticar o esporte será punida conforme a lei.

Em família - O deputado federal tem 45 anos e diz nunca ter praticado esportes de aventura, apenas joga futebol. Mas ele tem dois filhos: um com 19 e uma garota com 23 anos e afirmou, durante a entrevista, que eles também nunca praticaram esportes de aventura. Mas, em uma tentativa de reafirmar a idéia, disse: "A minha filha, que está estudando turismo, recentemente me relatou a existência de um novo esporte, chamado arvorismo".

O arvorismo é um esporte de aventura e consiste no passeio entre as copas das árvores através de um kit formado por cadeirinha, mosquetão, polia e capacete. A cadeirinha e o capacete são instrumentos de segurança usados em muitos esportes, como por exemplo, no bungee jump. Questionado, o deputado afirmou desconhecer o esporte.

É a primeira ação que o deputado João Paulo Gomes da Silva faz na área de Esportes. Ele acredita que o projeto será despachado para as comissões de Esportes, Saúde e Constituição e Justiça e ficará tramitando no governo por tempo indeterminado até ser vetado ou aprovado.

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