Editorial | Da redação | 09/03/2010 10h48

Março: Entidade gasta R$ 34 mil e o orçamento está "apertado"

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Editorial

Finalmente o ano esportivo começou em Mato Grosso do Sul. Depois do carnaval, as atividades foram retomadas e, junto com elas, novas promessas foram feitas por parte das entidades públicas que dirigem o esporte no Estado.

No final de fevereiro, a Fundesporte se reuniu com as federações e com os gestores esportivos de diversos municípios de MS, para esclarecer possíveis dúvidas dos dirigentes. Duas reuniões foram realizadas simultaneamente, uma com os presidentes das federações e outra com os secretários de esporte de cada cidade.

Na reunião com as federações, uma notícia desagradou os dirigentes: para 2010, mais uma vez o orçamento está "apertado". Porém, para o encontro, a Fundesporte liberou um total de R$ 34.130,00 (trinta e quatro mil cento e trinta reais), conforme publicação do Diário Oficial, do dia 11 de fevereiro, em convênio firmado com a Associação dos Profissionais de Educação Física de Mato Grosso do Sul (APEFMS).

Nos bastidores, aos saber dos valores gastos no encontro, alguns dirigentes questionaram: será que esse dinheiro não poderia ser revertido para investir diretamente no esporte? É de conhecimento geral a insatisfação de grande parte dos desportistas de Mato Grosso do Sul, com relação aos critérios adotados pela Fundação para o repasse das verbas do FIE, já que, ano passado, diversas federações ficaram "de mãos abanando".

Após a reunião, outra dúvida ficou na cabeça de muitos dirigentes. De concreto, que projetos o poder público do Estado tem para incentivar os atletas e modalidades visando a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro? Até agora, apenas planos, enquanto outros estados estão avançando. Um exemplo é Limeira, no interior de São Paulo, que não perdeu tempo e lançou em novembro do ano passado, o projeto Atleta Limeira na Olimpíada de 2016. Na cidade de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, o projeto Aldeia Positiva Vibration, também visa colocar atletas locais nos Jogos Olímpicos do Rio.

E as federações de esportes não-olímpicos que recebem grandes valores, vão continuar recebendo a mesma quantia? O ideal seria direcionar as verbas para atletas que estão em projeção. Exemplos não faltam, e potencial atlético nós temos em diversas modalidades, como Tênis de Mesa, Judô, Atletismo, e até mesmo, o Rugby, que ainda engatinha em Mato Grosso do Sul.

A participação de atletas sul-mato-grossenses nos jogos de 2016, depende diretamente do apoio da iniciativa privada e da forma como o dinheiro público será investido. Podemos apenas esperar que as federações, associações e pessoas ligadas ao esporte, também tenham ideia da responsabilidade com a qual estão lidando.

Zebra? - Mas nem tudo são críticas no esporte de Mato Grosso do Sul. As equipes do Estado que disputam a Copa do Brasil conseguiram uma façanha.

Desde de 2006, com Operário e Cene, pelo menos uma equipe Sul-mato-grossense fazia feio, e era eliminada logo no primeiro jogo.
Após quatro anos, os representantes de MS no torneio conseguiram, juntos, forçar uma segunda partida. O Ivinhema empatou com o Náutico em 1 a 1, em casa, e agora decide a vaga na próxima fase no dia 10 de março, em Recife. Já o Naviraiense foi derrotado por 1 a 0 pelo Santos, resultado considerado uma "vitória" pelo Jacaré do Cone Sul. A partida de volta acontece também no dia 10, na Vila Belmiro.

Quem sabe é o sinal de novos tempos para o futebol Sul-mato-grossense. Vamos aguardar!

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