Editorial | Da redação | 22/05/2009 15h22

Junho: site faz 5 anos, divulgando e incomodando os dirigentes

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Meia década, ou simplesmente cinco anos. Não parece tanto tempo, mas já fazem mais de 1.700 dias que o site Esporte Ágil está no ar. Se você ainda acha isso pouco, são mais de 40 mil notícias postadas durante todo esse tempo, sempre com uma coisa em mente: divulgar o esporte sul-mato-grossense. Além disso, são três anos ininterruptos de nosso jornal impresso, o que dá mais de quatro mil matérias publicadas. Tudo isso acreditando que sonhar faz parte de um ideal.

Vimos nesse tempo atletas surgirem, crescerem e por falta de incentivo, sumirem de nossos ginásios, piscinas, quadras, pistas e tatames. Em contra-partida, dirigentes permaneceram (e ainda permanecem) eternamente em seus cargos, às vezes conseguindo "boquinhas extras" em entidades públicas. É triste se você se identificou com algum dos dois casos.

Mas é legal ver de vez em quando, jovens assumindo federações por amor ao esporte, fazendo renovação, como o caso de Ângelo Augusto Smaniotto, que com apenas 23 anos, assumiu a presidência da Federação de Boliche de Mato Grosso do Sul. Ou exemplos como, a Federação de Judô de MS, que proíbe mais de uma reeleição. Prova que isso funciona é que o judô pode ser considerado uma das modalidades que mais traz resultados expressivos nacionais e internacionais para o Estado, sendo sem dúvida a que mais se aproxima do "alto-rendimento" no Mato Grosso do Sul. Mas será que não é justamente esse o problema? Apenas se aproximar? Esportistas daqui, não só do judô, parecem ter idade para pararem de praticar suas respectivas modalidades. Investimos anos na base e na hora de colhermos os frutos o apoio público acaba.

É raro achar um "paitrocínio" que aguente tanto tempo. Muitos reclamam da falta de ajuda do poder público e privado. Das empresas, sabemos que realmente existe uma mentalidade primitiva quando o assunto é apoio. Elas não enxergam o retorno que o esporte pode dar, como por exemplo a exposição na mídia, assim como não veem que o patrocínio não deve ocorrer somente em casos pontuais, como eventos e viagens (aqui a culpa pode ser dividida com quem pede essa ajuda). E não podemos esquecer também da falta de divulgação dos incentivos, que quem apoia o esporte recebe, como o abatimento de impostos fiscais. Agora, será que realmente não existe dinheiro público para se fazer esporte no Estado?

Pensando nisso, o Esporte Ágil, com cinco anos completados em pleno Dia do Trabalho, aproveita para dizer que iniciamos uma nova fase editorial em nossa redação - e que está deixando muitos dirigentes de cabelo em pé: estaremos ainda mais atentos para o uso das verbas públicas, principalmente aquelas destinadas ao esporte.

Todos os projetos contemplados pela Fundesporte, através do Fundo de Investimento Esportivo (FIE), ou pela Funesp serão publicados no site para a avaliação de qualquer um. Dinheiro público para se fazer esporte existe no Mato Grosso do Sul. Queremos com isso descobrir se o dinheiro repassado está sendo utilizado para o desporto e não para outros fins, que diga-se de passagem gostaríamos de saber quais.

Parece que estamos perdendo o principal combustível do esporte: a paixão. Infelizmente em alguns casos os olhos crescem para a possibilidade de ganhar dinheiro fácil. Se você for um desses cuidado, estaremos de olho!

Copa - Na próxima edição do jornal Esporte Ágil saberemos, finalmente, se Campo Grande foi ou não escolhida para ser uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014. Depois de uma verdadeira "guerra" iniciada contra Cuiabá, já fazem semanas que nenhuma das cidades "atira" contra a outra. Será que profissionalismo pesa na decisão da Fifa? Se pesar, tomara que ela não tenha ficado sabendo de certos borderôs...

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