Editorial | Da redação | 11/02/2007 19h50

Fevereiro: 19 de fevereiro Dia do Esportista

Compartilhe:

No dia 19 de fevereiro comemoramos o Dia do Esportista. A atividade física faz parte de nossa vida há milênios, quando nossos ancestrais mais remotos já o praticavam, ainda que sem saber, quando corriam atrás de suas presas ou fugiam de seus predadores. Os registros históricos remontam a 3.000 a.C. e incluem fontes literárias e iconográficas descrevendo cenas esportivas, muitas delas ritualísticas. Anos mais tarde a prática esportiva se solidificaria com os Jogos Olímpicos, na Grécia, a partir do ano de 776 a.C. Com isto, o esporte deixou de ser apenas um ritual e passou a ser uma competição, com regras, vencedores, campeões. Já no ano de 1896, o barão Pierre de Coubertain idealizou as Olimpíadas Modernas, nos moldes da que acompanhamos na atualidade.
 
Hoje em dia, o esporte está integrado a interesses e rende milhões e milhões de dólares por ano. O mundo do esporte está separando-se da simples atividade física. O esporte está ligado a empresas, a clubes e à mídia gerando uma grande receita de dinheiro. Além do dinheiro gerado pelo esporte profissional, há também o gerado pelo apelo midiático de estética, o que envolve academias, modalidades esportivas da moda e até mesmo a indústria de roupas para ginástica. Mas, mesmo assim, o esporte continua sendo um dos melhores caminhos para se envelhecer de forma saudável e com uma boa qualidade de vida.
 
Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, quando andamos nas pistas de caminhada, praças esportivas, campos e quadras, conclui-se que a população tem adquirido, aos poucos, uma nova mentalidade sobre a importância do esporte e da atividade física em seu cotidiano. As pistas estão sempre lotadas nos finais de tarde, os campinhos nos bairros também cheios de atletas, assim como as quadras e praças esportivas. Para que surja esta nova realidade esportiva na vida do cidadão, é importante que existam projetos que incentivem a prática e também esclareça quais os benefícios para o praticante, como o bem-estar físico, os fatores anti-stress e a socialização.
 
Um dos projetos interessantes lançados recentemente pela Fundação Municipal do Esporte é o Projeto Verão Esporte é Boa Saúde, que realiza caminhadas orientadas e também ginástica gratuita, nos finais de tarde na Via Morena. Professores de educação física orientam os interessados em melhorar seu condicionamento físico, auxiliando-os na execução de exercícios. Uma estrutura com palco e aparelhagem de som é montada na Avenida, onde os professores realizam as aulas de ginástica. O projeto tem chamado muita atenção das pessoas que praticam caminhada, que vêem nele, a oportunidade de praticar exercícios físicos de forma orientada.
 
Estima-se que a cada ano aumente em 20% a quantidade de atletas de fim de semana, que em breve período se tornam pacientes em consultórios médicos. A falta ou o não cumprimento de orientação profissional faz com que a atividade física se torne um risco e que os benefícios almejados com o esporte sejam superados por sérios prejuízos à saúde.

A procura pelo corpo perfeito, a busca pela qualidade de vida e a maior sobrevida dos pacientes são os principais responsáveis pelo aumento do número de atletas esporádicos e, conseqüentemente, de lesionados. Na maioria dos casos as complicações geradas pelo descuido são simples, como estiramentos e dores musculares, cervicalgias (dores cervicais), lombalgias, bursites e dores articulares diversas. No entanto, há quem abuse da condição física e pratique atividades incompatíveis com o próprio perfil, o que leva a quadros mais complexos como ruptura do tendão calcâneo (tendão de Aquiles), lesões do manguito rotador do ombro, fraturas e luxações traumáticas (deslocamento das articulações do ombro e joelho) e lesões de ligamento, entre outros.
 
Três grupos contemplam a maioria dos praticantes de atividades físicas. O que mais se beneficia da prática esportiva é o grupo dos regrados, composto por quem segue orientações à risca e procura acompanhamento profissional. Já o intermediário é formado por atletas que conhecem os limites, mas nem sempre respeitam. São aqueles que faltam em um treino e acham que no dia seguinte podem dobrar a carga de exercícios para recuperar o tempo perdido. Por fim, existe o grupo dos totalmente desregrados, que se exercita esporadicamente sem nenhuma orientação e que por isso costuma alternar visitas à academia e ao consultório médico.

Para quem deseja uma vida mais saudável pela prática de exercícios, o ideal é que as atividades tenham pelo menos uma hora de duração e sejam feitas de quatro a cinco vezes por semana. Trabalho, alimentação balanceada, atividade física e compromissos pessoais devem estar integrados de maneira coerente, para que o tempo seja otimizado e nenhum dos itens seja comprometido.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS