Copa do Mundo | GE.Net | 09/05/2007 15h11

Teixeira garante: 'Copa de 2014 não terá dinheiro público'

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Rio de Janeiro (RJ) - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, garantiu que a realização da Copa do Mundo de 2014 não será feita por meio de verbas públicas, mas sim da iniciativa privada. No seminário realizado nesta quarta-feira pelo comitê de candidatura do evento, o mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro enfatizou que os estados-sede não precisarão bancar a organização da competição, caso a Fifa confirme o Brasil como país organizador.

Teixeira realizou seu discurso falando da dimensão social e a união entre os segmentos políticos para que a Copa-2014 seja realizada no Brasil, mas sua atenção foi voltada para a importância da iniciativa privada em gastos com a competição. Na realização dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro-2007 era previsto um gasto mínimo do Estado no evento, mas especula-se que grande parte das obras seja bancada pela União. Para a Copa, Teixeira prevê mudanças.

"Nenhum governo deverá gastar um centavo sequer pela Copa do Mundo, pois tudo será bancado pela CBF e seus patrocinadores, todos privados. Os estádios também não serão de responsabilidade dos Estados, mas poderão ser melhorados por meio da iniciativa privada", declarou o mandatário, que também assegurou que os setores públicos não terão que gastar suas verbas para receberem uma delegação estrangeira. "Cada país que disputa a Copa salda seus gastos com hotel, alimentação e outras coisas, fazendo com que nenhum Estado tenha que gastar. Quando menos dinheiro público, melhor a Copa. Assim, os comitês não receberão dinheiro da União, dos Estados e dos municípios".

As únicas coisas que deverão ser quitadas pelo dinheiro público, de acordo com Teixeira, serão as melhorias que são de obrigação dos governos, como transporte, iluminação e segurança. "Cabe ao governo oferecer o que é praticado socialmente em outros países", atestou.

Ainda que o Brasil seja candidato único para a organização da Copa do Mundo, o mandatário da CBF garantiu que isso não dá garantia de que o país irá sediar a competição. "Na última semana, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que nós estamos concorrendo sozinhos, mas deveríamos agir como se estivéssemos contra cinco ou seis países porque a entidade sempre tem outras opções no bolso. A desistência da Colômbia só aumentou a nossa responsabilidade. Temos que aceitar as exigências impostas e isso significa fazer o dever de casa. É como se estivéssemos nas eliminatórias, precisando vencer todas as etapas para conseguir a vaga na Copa", comparou.

Além disso, o mandatário da CBF também falou de outras dimensões que a realização do evento garante ao país sede. "Copa significa uma oportunidade única para gerar empregos, investimentos estrangeiros, transmissão de uma imagem boa do Brasil para o mundo, promoção do turismo. São incontáveis benefícios".

Outro ponto citado por ele foi a importância de todos os estados se unirem em torno da realização do evento, ainda que o Estado em questão não seja sede de nenhuma partida da competição. "Se o Brasil ganhar o direito de organizar o torneio, a Copa não será de um Estado, mas sim de todos os brasileiros", completou.

O prazo para que os Estados interessados em sediar a Copa do Mundo de 2014 entreguem suas propostas à CBF termina em 31 de maio. Já o anúncio da Fifa, que definirá se o Brasil poderá receber o principal evento do futebol, está previsto para novembro.

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