Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 09/03/2010 11h17

Bate-bola: Roberto Ungerer

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Escolinha promoverá uma excursão para o Rio de Janeiro no mês de maio. Escolinha promoverá uma excursão para o Rio de Janeiro no mês de maio. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia)

Roberto Ungerer

Arquiteto formado, mas desportista por paixão. Este é Roberto Ungerer, que há pouco mais de seis meses trouxe para Campo Grande a EscolinhaFla MS, a única oficial do rubro-negro carioca em terras sul-mato-grossenses. Hoje, sua escolinha atende cerca de 100 jovens que buscam um dia brilhar no futebol.

No Bate-bola, conta sobre sua paixão pelos esportes, que vai desde futebol até corrida, e como surgiu a ideia de trazer a franquia da Escolinha para Mato Grosso do Sul, estado que, segundo ele, tem potencial para revelar grandes craques.

Esporte Ágil - Você é arquiteto. Me diga como surgiu seu interesse pelos esportes.
Roberto Ungerer - Eu, no Rio de Janeiro, sempre gostei de esportes, jogar bola, andar de bicicleta e corrida. Veio essa ideia de montar a Escolinha do Flamengo. Campo Grande não tinha escolinha, e resolvemos abraçar a causa. Começamos na Coophatrabalho e estamos desde dezembro no bairro Chácara Cachoeira.

EA - Como será o intercâmbio entre os atletas da Escolinha e o time do Flamengo?
RU - Não somos uma escolinha profissionalizante, mas por ser oficial do Flamengo, quem se interessar em se tornar atleta, nós fazemos um trabalho diferenciado, encaminhamos pra nutricionista, trabalhos extras pra ganhar massa ou perder peso... nós encaminhos para profissionais fora da escolinha. Temos ainda a possibilidade de montar uma peneira, mas isso ainda está um pouco cedo. Mas este ano ainda terá uma.

EA - Vocês fazem acompanhamento escolar?
RU - É uma coisa que achamos importante. Sempre pedimos o último boletim pra acompanhar no final do ano, pra ver. Cobramos a evolução do aluno.

EA - Como a Escolinha é mantida? O Flamengo participa?
RU - Nós somos franqueadas do Flamengo. Pelo Brasil afora, há umas 80 escolinhas, desde Manaus, Pará, Rio Grande do Sul...

EA - Hoje a Escolinha atende quantos atletas?
RU - Atualmente estamos com 100 anos, de 4 a 20 anos de idade.

EA - E como é essa responsabilidade de carregar o nome do Flamengo na Escolinha?
RU - Isso acaba sendo um desafio, pois o nome é forte e a cobrança passa a ser grande. Isso é bom. Nosso produto é bom. Nós criamos torneios, participamos de torneios, amistosos... enfim, é um desafio.

EA - Quando vocês vão promover uma excursão para o Rio de Janeiro?
RU - Em maio vai ter a primeira excursão, que vai ser o primeiro jogo do Flamengo no Brasileiro em casa. Ônibus fretados, com estadia, três dias lá, vai ter amistosos contra outras escolinhas, assistir os treinos dos atletas, visita ao corcovado. No último dia, um domingo, será o jogo do Flamengo.

EA - Você acha que o trabalho no futebol de base aqui do Estado é fraco?
RU - Estou aqui há pouco tempo, mas eu vejo que tem muita procura de pais que são ex-atletas e que não tiveram oportunidade, e tentam transferir esse sonho para os filhos.

EA - E pelo pouco tempo que está aqui, você acha que Mato Grosso do Sul é um celeiro de craques?
RU - Já saíram grandes atletas daqui, como o Jean... O Brasil é um celeiro de craques. E aqui tem potencial pra isso.

EA - Na escolinha, já viu algum jovem que é "diferenciado"?
RU - Não vou citar nomes, mas tem sim. Uns dois ou três, pelo menos, ou até mais. É o que eu digo, a gente não pode garantir nada pra ninguém. Jogar bem é um bom começo. O próprio Cafu já esteve em nove peneiras até conseguir brilhar.

EA - E quando será a primeira peneira?
RU - Vai ser este ano, mas ainda não tem data definida.

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