Bate-Bola | Da redação | 07/12/2009 17h15

Bate-bola: Roberto Elias da Silva

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“A dificuldade maior é arrumar patrocínio e pessoas que estejam ligadas a Federação para fazer um trabalho em prol dos atletas, e não em benefício pessoal”. “A dificuldade maior é arrumar patrocínio e pessoas que estejam ligadas a Federação para fazer um trabalho em prol dos atletas, e não em benefício pessoal”. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia)

Roberto Elias da Silva

Faixa-preta do 5º Dan, o mestre Roberto Elias da Silva é nome conhecido entre os taekwondistas de Mato Grosso do Sul. Hoje, ele é presidente da Associação Faixa-Preta de Taekwondo, que realiza a Copa Centro-Oeste anualmente em Campo Grande.

Nascido em Corumbá no dia 14 de dezembro de 1959, ele foi formado pelo mestre Joon Hoon Kim, que é presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo. Pegou sua faixa-preta em 1977 e, de lá pra cá, formou diversos professores em Mato Grosso do Sul.

Esporte Ágil - Como você conheceu as artes marciais?
Roberto da Silva - Eu conheci quando eu entrei como fuzileiro naval. Fui transferido pro Rio de Janeiro e comecei a treinar nos anos 70, em Botafogo, com o mestre Kim.

Esporte Ágil - E quais suas principais conquistas como atleta?
Roberto da Silva - Eu conquistei vários títulos nacionais, principalmente campeonatos entre São Paulo e Rio de Janeiro, campeonatos brasileiros.  Quando vim pra cá, continuei disputando brasileiros. Fiquei em terceiro lugar em 2004 no Campeonato Brasileiro Adulto e atualmente sou campeão Brasileiro invicto do Master.

Esporte Ágil - E quais os benefícios para quem pratica o taekwondo?
Roberto da Silva - O taekwondo trás o autocontrole, a perseverança e principalmente o bem-estar, do corpo e da mente, não só como a parte de esporte marcial.

Esporte Ágil - O taekwondo teve uma grande visibilidade no Brasil após o Pan do Rio. O que você espera do taekwondo para os próximos anos, tanto no Brasil como em Mato Grosso do Sul?
Roberto da Silva - É um esporte novo, pouco reconhecido no Brasil. Acho que, com o resultado do Pan, vai trazer uma força maior para os atletas e precisa de mais incentivos do governo e da prefeitura.

Esporte Ágil - Pra você, essas são as principais dificuldades da modalidade hoje no Estado?
Roberto da Silva - Acho que a dificuldade maior é arrumar patrocínio e pessoas que estejam ligadas a Federação para fazer um trabalho em prol dos atletas, e não em benefício pessoal.

Esporte Ágil - Você pensa em se candidatar à presidência da Federação?
Roberto da Silva - Provavelmente. Eu tenho quase certeza que eu vou me candidatar pra ver o que eu posso fazer pela Federação do Estado.

Esporte Ágil - Mato Grosso do Sul tem conquistado bons resultados fora. Você acha que agora, o Estado pode ser considerado uma força no taekwondo nacional?
Roberto da Silva - O taekwondo está crescendo. Está surgindo gente aí como o Fábio Costa, o Breno, que estão se destacando. Mas eu acho que o futuro será melhor.

Esporte Ágil - E de imediato, o que pode ser feito para alavancar o taekwondo no Estado?
Roberto da Silva - Primeiramente teríamos que fazer uma reunião para saber que pé a federação está. Estamos com problemas com o presidente da Federação, que trabalha fora do Estado, e ele não está sempre presente nas reuniões. Isso precisa ser sanado.

Esporte Ágil - Para quem quer começar no taekwondo, tem alguma idade mínima recomendada?
Roberto da Silva - Não. A recomendação é que esteja com a saúde perfeita. Uma avaliação física e médica para poder iniciar, isso com sete até 100 anos.

Esporte Ágil - É um esporte que requer custos?
Roberto da Silva - É um esporte um pouquinho caro. O uniforme, que nas competições deve ser completo. Caneleira, protetor de braço, tíbia, protetor genital, protetor de tórax, protetor de cabeça. Então, se torna um pouco caro, mas vale a pena pois é um esporte olímpico.

Esporte Ágil - Quanto custa um atleta de alto-rendimento hoje?
Roberto da Silva - Uns 2.500 ou 3 mil reais, para que ela possa ter um desenvolvimento e chegar ao objetivo dele.

Esporte Ágil - As empresas privadas têm colaborado nesse sentido?
Roberto Silva - Não tem colaborado. Talvez seja por falta da procura da federação em trabalhar em cima disso.

Esporte Ágil - E os projetos da Associação Faixa-Preta?
Roberto da Silva - Eu sempre faço a Copa Centro-Oeste Open. Nós fizemos ela em novembro, em que nós tivemos a classificação com vários atletas de outros estados e foi um sucesso. Espero fazer novamente no ano que vem.

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