Bate-Bola | Jones Mário | 02/09/2013 13h13

Bate-Bola: Joaquim Soares

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Joaquim Soares

Campeão estadual em 1990, 1998 e 1999, o Ubiratan Esporte Clube volta de um hiato que afastou a equipe do profissionalismo no futebol. À sua frente está o presidente Joaquim Soares, que juntamente com empresários de Dourados, pretende levantar o Leão da Fronteira.

A equipe montou um elenco forte, com jogadores acostumados à Série A de Mato Grosso do Sul. Douglas Ricardo, que levou o Ivinhema às semifinais do Estadual 2013, foi contratado para treinar o Ubiratan. Em entrevista ao Esporte Ágil, Joaquim Soares responde quais são os planos do clube, como voltou ao futebol profissional e quais são as armas do Leão da Fronteira na Série B Sul-mato-grossense.

Esporte Ágil - Como, quando e porque começou o interesse pelo esporte? 

Joaquim Soares - Eu sou torcedor do Corinthians e também do Ubiratan. Acompanhava os jogos do Ubiratan na Leda e, de sócio-torcedor passei para a direção do clube.

Também, por entender que o esporte é a única saída para transformar uma pessoa, principalmente para os jovens.

EA - A partir de que momento se tornou presidente do Ubiratan?

JS - Entrei em 1997 e peguei o clube em uma situação financeira crítica. Como a dificuldade era extrema, ninguém queria assumir o posto. Eu me candidatei e assumi por gostar do clube.

EA - Como se deu o processo da volta do clube ao profissionalismo em Mato Grosso do Sul?

JS - Um grupo de jovens empresários de Dourados se propôs a tocar o departamento de futebol arcando com todas as despesas. Foi desvinculado o departamento de futebol profissional do quadro social e eles montaram a diretoria própria. Mas a diretoria social está empenhada em contribuir o processo da maneira do possível, mesmo porque a responsabilidade da volta é grande.

EA - O clube possui muitas glórias no passado, mas pouca infiltração nas pessoas mais jovens. O que o Ubiratan pode fazer para conquistar novos torcedores douradenses?

JS - Estamos fazendo um trabalho social com jovens e estamos também na rede social. No ano passado tivemos um projeto com patrocínio da Eletrobras/Eletrosul, em que contemplamos mais de 400 jovens. Desenvolvemos outros projetos para jovens há mais de 10 anos. Dessa forma, atingimos também os jovens e não somente os antigos torcedores, que continuam indo nos apoiar.

EA - Quais são as armas do clube, dentro e fora de campo, para conquistar o acesso à Série A do Estadual?

JS - Primeiro é montar um bom plantel e uma comissão técnica. Fomos atrás do que julgamos ser o melhor, através do Douglas Ricardo e vários jogadores de nível de Série A. O elenco disputaria tranquilamente a Série A. Agora é dar tranquilidade e confiar no trabalho deles.

Muitos quiseram vir para o Ubiratan por admirar o clube. Fora de campo estamos nos mobilizando para trazer o apoio de patrocinadores e torcedores.

EA - Quem são os principais nomes da equipe e que podem fazer a diferença no campeonato?

JS - Nós temos o Alex Cruz, que foi campeão brasileiro pelo Flamengo, temos o Burú, que foi destaque no Naviraiense, os dois que vieram do Linense (Mateus e Fábio Lima). Temos um elenco conhecido, que já se destacou no Estado.

EA - Quais são os principais concorrentes do Ubiratan no Estadual da Série B?

JS - Todos os times têm suas qualidades. Todos os jogos são difíceis. O Ubiratan tem que tratar todos como iguais.

EA - Acredita que o incentivo público e privado têm sido suficientes para a difusão e afirmação do futebol em Dourados e no Estado?

JS - É pouco. Ajuda, mas precisamos de um trabalho concreto vindo do governo para reformar nosso futebol. Precisamos ter um investimento nas categorias de base.

Vou dar uma sugestão. Os clubes que estiverem em dia, o governo poderia dar uma bolsa para os meninos da base para incentivar e ajudar na formação desses jovens.

EA - A equipe corre risco de voltar à inatividade caso não consiga o acesso à elite sul-mato-grossense?

JS - O Ubiratan é clube que tem 66 anos. A história do clube não muda, o momento é de responsabilidade. O compromisso com a cidade e com os seus torcedores é grande. O apelido do clube é Leão da fronteira e isso serve de roteiro para diretoria. Não tem espaço para meio termo. O Ubiratan é vencer e vencer.

EA - O que o torcedor do Leão pode esperar do clube daqui pra frente?

JS - Muita garra, muita determinação. Temos mais de 3 mil torcedores na rede social e isso serve de motivação para continuar trabalhando e continuar colocando o Ubiratan em seu lugar.

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