Bate-Bola | Pedro Nogueira/Da Redação | 01/04/2013 09h23

Bate-Bola: Daniel Aleixo

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Daniel Aleixo

Daniel Aleixo é um dos responsáveis pelo crescimento do rugby no Mato Grosso do Sul. Antes atleta do Campo Grande Rugby Clube, a maior equipe do estado. Assumiu a presidência da equipe recentemente.

Esporte Ágil - Quando e por quê surgiu seu interesse pelo Rugby? 

Daniel Aleixo - Dez anos atrás ouvi na rádio que estava tendo um time de rugby em Campo Grande. Um esporte que o objetivo era passar a linha do fundo e encostar a bola no chão, esporte de contato, estratégia e apoio. Me apaixonei desde então. 

EA- Quando você percebeu que precisava além de ser atleta, organizar a equipe? 

DA - Na verdade, foi a necessidade. por ser um dos mais antigos do Campo Grande Rugby Clube (CGRC), resolvi assumir a presidência, já que o presidente anterior assumiu a Federação de Rugby do Mato Grosso do Sul. 

EA - Qual é a trajetória da equipe até hoje?

DA - No início, O CGRC participou de vários torneios para ganhar experiência.  Depois disso, começou a se dedicar ao desenvolvimento da região Centro-Oeste, organizando o campeonato do Centro-Oeste (Pequi Nations) com as equipes de Brasília, Goiânia e Cuiabá.  

Hoje o torneio regional cresceu muito, ganhou reconhecimento da Confederação Brasileira de Rugby e vale como 1ª fase da Copa do Brasil. A equipe também tem participado de campeonatos estaduais onde tem ajudado a desenvolver o esporte no Estado. Apesar do grande crescimento das equipes do interior, a equipe do CGRC continua invicta nos torneios. 

EA - E o time feminino? 

DA - O time vem crescendo cada vez mais e sempre buscando evoluir taticamente com treinos e amistosos. Vamos organizar agora um campeonato Centro-Oeste, onde o time participará para ganhar mais experiência. Jogos e campeonatos no Estado também têm sevido para a evolução das equipes do MS.

EA - E a Seleção Juvenil do Estado? Essa ideia é nova? Qual é o principal objetivo dela?

DA - Sempre tivemos o sonho de formar uma categoria de base. A federeção tem feito um trabalho muito bom, aplicando palestras, cursos e clínicas de rugby pelo estado todo para formar um categoria de base consistente.  O principal objetivo é formar uma seleção do estado com condições de disputar os grande campeonatos nacionais, além de desenvolver o Rugby juvenil no estado.

O CGRC enviou vários atletas para esta seletiva. Alguns atletas tem experiência para jogar junto com o time adulto. Todos estão ansiosos com a relação dos atletas que serão convocados nessa seletiva. 

EA - Quais são as expectativas para 2013?

DA - A expectativa é conseguir o inédito título da Copa Brasil Central (Pequi Nations) e conseguir uma vaga nas finais da Copa do Brasil.  Estamos trilhando um caminho sonhando em chegar na primeira divisão do Rugby Brasileiro (Super 10).

No Sevens, nossa expectativa é formar uma equipe especializada na modalidade de Rugby Sevens, fazer treinos específicos e começar a disputar os grandes campeonatos nacionais. 

EA - Você acha que o Rugby nacional e sul-mato-grossense está crescendo?

DA - Não tenho dúvidas de que o Rugby é o esporte com maior crescimento no Brasil. Isso se deve ao fato de que o Brasil sediará as Olimpíadas, onde o Rugby estreará na modalidade Sevens e a IRB (órgão internacional do Rugby) está apostando todas as fichas no desenvolvimento do Rugby no Brasil.

A Confederação também tem desenvolvido um trabalho muito profissional, trazendo patrocínios e investindo na formação da base e na preparação das equipes adultas. 

EA - O que falta para o Rugby ser mais popular no Brasil e no MS?

DA - Acredito que só tempo. É um esporte apaixonante e muito interessante de se assistir.  Os canais de televisão já estão vendo a força do Rugby e transmitindo diversos campeonatos, tanto nacionais como internacionais. A forma de se popularizar o esporte é conseguir aumentar divulgação e obter o interesse da imprensa.

Nossa principal meta, que será um fato determinante para a popularização do Rugby, é a inclusão do esporte nas escolas. Estamos tentando isso com a capacitação de professores para ensinarem o “Rugby Tag”, que é uma modalidade do Rugby sem contato, onde se aplica todas as técnicas do Rugby, mas sem o contato. 

EA  - A imprensa nacional e local dá a atenção devida ao Rugby?

DA - Acredito que a imprensa está aprendendo a conhecer o Rugby e ver a proporção do seu crescimento.  Com isso vem crescendo também a atenção ao esporte. Hoje já temos as finais do Nacional sendo transmitidas ao vivo pelo Sportv. 

EA- O poder público tem ajudado o Rugby sul-mato-grossense? E as empresas privadas?

DA - O poder público tem ajudado através dos projetos que estão sendo aprovados. No ano passado conseguimos a aprovação de um projeto, no entanto é necessária a aprovação de mais projetos para que aconteça o desenvolvimento do esporte.

As empresas privadas locais ainda não perceberam a vantagem de ter sua imagem ligada ao Rugby, pois é um esporte que prega muitos valores. Estamos trabalhando para mostrar para as empresas as vantagens de ter seu nome ligado a este esporte.

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