Bate-Bola | Da redação | 14/06/2010 13h18

Bate-bola: Alexandre Garcia Cabral

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“Ruim de bola”, jornalista sugere diversas opções para ‘salvar’ o Campeonato Estadual. “Ruim de bola”, jornalista sugere diversas opções para ‘salvar’ o Campeonato Estadual. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia)

Alexandre Cabral

Alexandre Garcia Cabral, 45 anos, gaúcho, é jornalista de uma conhecida rede de TV sul-mato-grossense. Apesar de não ser especializado em esportes, é conhecido pelas matérias que faz relacionada ao tema, com as mais diversas abordagens sobre uma mesma modalidade.

No Bate-bola, ele conta um pouco sobre sua carreira e seu interesse pelos esportes, além de defender um campeonato "sem desvio de verbas" para atrair o público novamente aos estádios.

Esporte Ágil - Fale um pouco sobre seu início de carreira e como se interessou pelo jornalismo.
Alexandre Cabral - Desde a oitava série do ensino médio, me interessei em fazer o jornalzinho da escola em que estudava, instituto São José, em Porto Alegre. Foi através de uma professora de português. E daí o jornal virou programa de rádio interna da escola. Isso foi crescendo durante os 3 anos finais da escola. Fiz vestibular e passei. Em 5 anos estava formado.
Quando estava no segundo ano da faculdade, fui pauteiro e apresentador do programa Bom Dia Canoas, da Rádio Real de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, durante um ano, sem receber um centavo por isso. A rádio pagava apenas alguns livros da faculdade.
Depois disso entrei no Jornal NH, de um grupo jornalístico do Interior. Fui editor-chefe do segundo caderno, ligado a cultura.

EA - E depois que você se formou?
AC - Uma semana depois de formado, fui contratado pelo Jornal Pioneiro e 3 meses depois virava repórter da RBS, TV afiliada à Rede Globo em Caxias do sul.
Fui ligado ao esporte, sempre fui ruim de bola, então precisava falar dela. Cobri Caxias, Juventude, Inter de Porto Alegre, Grêmio... E assim em todas as TVs que passei, uso do bom-humor para falar de esportes. É o melhor caminho e o seguido hoje pela Rede Globo.

EA - De onde veio seu interesse pelos esportes? Praticava ou pratica algum?
AC - Sou faixa vermelha de aikidê, e nada mais.

EA - Das editorias em que trabalhou, esporte é sua favorita? Por quê?
AC
- Porque exercita a liberdade do jornalista, onde os elementos que se apresentam em cada matéria são variados. É só prestar atenção, a matéria está na sua frente.

EA - Com tantas viagens pelo interior do Estado, você acha que o esporte é melhor gerido na Capital ou no Interior?
AC - Aqui no Estado, abriu-se um grande espaço entre os grandes espetáculos dos anos 70 até hoje. Agora está se levantando aos poucos, mas precisa de mais gerência, dos clubes, organização da federação. A gerência dos times precisa ser mais efetiva, revelar talentos regionais, e o empresariado ajudar mais, saber que o esporte é um grande investimento a longo prazo.

EA - Acha que as entidades públicas apoiam devidamente o esporte? Por quê?
AC - Não, sou totalmente contra. Prefeitura e Governo do Estado podem, no máximo, ajudar na infraestrutura de campos e estádios, nada mais. Precisam cuidar e investir na saúde e educação.

EA - Na sua opinião, os veículos de comunicação do Estado dão o devido espaço ao esporte local?
AC - Muito. São ótimos e fazem boa cobertura. Os sites também são bem legais.

EA - Qual sua opinião sobre veículos que cobram "jabá" para divulgar algum tipo de modalidade?
AC - Não são veículos, são oportunistas. Precisam ser banidos!

EA - O futebol anda meio capenga ultimamente. Você tem alguma ideia de como levar o torcedor de volta aos estádios?
AC - Apenas com um campeonato mais curto, com apoio das TVs, transmissão mesmo, com o pagamento de direito de arena. Sem desvios de verbas, com marketing, venda de camisetas, de uniformes. Todo mundo gosta disso, com as rendas revertidas diretamente para os clubes. Divulgação, site da federação mais atualizado e que chame a atenção do publico, chamadas nas TVs, promoções, prêmios, sorteios...

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