Bate-Bola | Da redação | 16/04/2018 13h22

Atleta de MS comemora aprendizagem em Mundial de Taekwondo

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Suzanna de Almeida Aquino integrou a Seleção Brasileira que disputou o Mundial de Taekwondo na Tunísia.

Aos 15 anos, a campo-grandense Suzanna de Almeida Aquino foi a única sul-mato-grossense a integrar a Seleção Brasileira de Taekwondo que disputou, na primeira quinzena, o Campeonato Mundial Juvenil da modalidade, em Hammamet, na Tunísia. No país africano, ela fez duas lutas –uma vitória e uma derrota -, e acabou o torneio sem conseguir medalhas.

“Não foi o resultado que vim buscar, mas por ser meu primeiro ano na categoria juvenil estou contente com essa experiência e aprendizado”, analisou a jovem atleta, na última sexta-feira, enquanto ainda estava na Tunísia.

Em entrevista ao Esporte Ágil, ela falou sobre sua carreira, desafios e dificuldades –como quando teve que ir para os semáforos pedir auxílio para competir.

Confira o bate-bola:

Como foi seu início no taekwondo?
Comecei com 7 anos, em 2011. Bom, meu irmão começou primeiro que eu no esporte, mas logo já gostei vendo ele treinar. Sempre fui bem agitada, então me identifiquei bastante com os treinos. Comecei meio com um pé atrás, pois como é um esporte de luta, achava que menina não poderia fazer. Mas peguei amor pelo esporte. Comecei a competir para fora do Estado quando me tornei faixa-preta, em 2014, e nunca mais parei. É o que eu mais amo

Quais seus principais títulos?
Sou vice-campeã brasileira, campeã da Copa do Brasil, titular da Seleção Brasileira e Seleção Estadual, campeã do Centro-Oeste Open, campeã do Brasil Open. Entrei na Seleção Brasileira pela primeira vez em 2016 (não houve Campeonato Mundial no ano, por isso não fui). Em 2017 fiquei em terceiro lugar no Grand Slam (campeonato que define a Seleção Brasileira) e esse ano de 2018 me tornei campeã do Grand Slam novamente, consequentemente atleta titular da Seleção.

E sua maior decepção no esporte até hoje?
Foi sempre ter perdido na final no Golden Point nos três campeonatos brasileiros que participei (2014, 2015 e 2017), e foi ter entrado na seleção em 2016 e não ter campeonato internacional para participar.

Como você avalia a modalidade em Mato Grosso do Sul?
Não temos muitos atletas aqui em Mato Grosso do Sul, mas estamos progredindo a cada ano. Aqui também não temos muito incentivo, e nem patrocinadores. Já chegamos a pedir dinheiro em semáforos para competir nacionalmente e internacionalmente.

Como foi sua participação nesse mundial?
Fiz duas lutas. A primeira ganhei da atleta da Romênia, e perdi a segunda luta para a atleta da Rússia. Não foi o resultado que vim buscar, mas por ser meu primeiro ano na categoria juvenil estou contente com essa experiência e aprendizado. Agora é trabalhar mais ainda para o ano que vem trazer medalha.

O que falta para o poder público e o setor privado investirem mais no esporte?
Resultados nós temos. De verdade, nem eu sei o que falta, porque o mais importante é o resultado e a academia vem trazendo todo ano. Meu mestre, Fábio costa, sempre vai atrás e dificilmente ajudam. Ano passado a Fundesporte e a Federação ajudaram em competições nacionais, com ônibus, mas mesmo assim é pouco para o que

Qual o gasto que os atletas têm em uma viagem dessas?
Em uma viagem nacional, gastamos mais de R$ 1 mil. Se for internacional, o gasto passa de R$ 5 mil, contando hospedagem, alimentação e passagem, que são os custos mais caros. Falta um pouco de boa vontade também, pois não vejo muito empenho nos nossos governantes.

Qual seu sonho no taekwondo?
Eu sonho em ganhar um Campeonato Mundial para poder correr com a bandeira do meu País em torno da quadra, com certeza ganhar uma Olimpíada.

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