Três Lagoas (MS) - Foram mais 30 dias de espera. Mas finalmente, o ultramaratonista três-lagoense, José Ricardo Moreira, recebeu o novo troféu da corrida pedestre X-Run 60K de Canela (RS).

Depois de dezenas de críticas feitas pelos participantes com relação à “medalhinha” de baixa qualidade entregue na serra gaúcha, após a corrida a organização resolveu mandar confeccionar novas peças.

Embora o troféu enviado via correio não seja nenhuma obra de arte, foi elogiado pelo atleta. “Esse é de madeira de verdade, não aquele compensado porcaria. Só o fato da organização, entre aspas, perder seu tempo e providenciar novos prêmios, já é uma grande consideração. Acredito que perceberam que a medalhinha era de um material muito inferior”, comentou Zé Ricardo.

A qualidade da primeira medalha era tão baixa, que gerou até brincadeiras. “Teve um gaúcho que prometeu colocar a que ganhou no pescoço do cachorro dele. Ainda tentei fazê-lo mudar de ideia, mas não teve jeito”, sorriu.

Reconhecimento

“Me senti bem mais valorizado como atleta. Damos um ‘duro’ danado para representar nossos municípios Brasil afora. Além disso, na maioria das vezes, corremos por gosto”, salientou o três-lagoense, sobre o sentimento de receber a nova premiação.

Crítica

O corredor aproveitou para criticar os responsáveis pela organização de várias corridas pedestres do país. “A maioria hoje em dia visa apenas ao lucro. Não valorizam os atletas. Não é fácil assim. Eles precisam premiar com troféus e medalhas não só a categoria geral ou elite, mas também cada categoria inscrita”, frisou Zé.

Nem mesmo a Corrida de São Silvestre, a prova pedestre mais famosa do Brasil, escapou de ser repreendida. “Eles dão prêmio em dinheiro apenas para os cinco primeiros. Qual brasileiro chegou entre os cinco?”, questionou, referindo-se ao pódio da edição 2011, que contou apenas com africanos.