São Paulo (SP) - A quarta dobradinha do Quênia na história da Corrida Internacional de São Silvestre, estabelecida nesta segunda-feira, devolveu ao país africano o rótulo de maior vencedor da prova desde a sua internacionalização em 1945.
Tricampeão, Robert Cheruiyot assegurou o décimo título masculino para o país, mesmo número que o Brasil atingiu no ano passado com Franck Caldeira. As duas nações são as maiores vitoriosas entre os homens.
Mas no feminino, o Quênia celebrou o seu sexto triunfo com Alice Timbilili e ajudou o país a superar o Brasil, que venceu cinco vezes entre as mulheres desde a criação deste evento em 1975. No entanto, nesta prova, as africanas ainda estão atrás de Portugal, que tem um título a mais, graças ao hexacampeonato da lendária Rosa Mota entre 1981 e 1986.
No cômputo geral, os quenianos chegaram assim a 16 conquistas, uma a mais que o Brasil. Em terceiro lugar está Portugal, com 11 taças, logo a frente do México, com oito. Em quinto, estão empatados Colômbia, Equador e Bélgica, com seis.
Apesar do domínio, a história queniana na São Silvestre é curta. O país participou pela primeira vez na década de 1990, sendo que o primeiro título veio em 1992, com Simon Chemwoyo. A partir daí, os quenianos passaram a ser freqüentes na prova e trataram de monopolizar o evento, repetindo o que já fizera nas provas de meia e longa distância do atletismo.
Chemwoyo sagrou-se bicampeão em 1993 e o país atingiu o primeiro título feminino, com Hellen Kimayio. Foi também a primeira dobradinha da nação. Em 1995, o Brasil conheceu um dos maiores ícones da São Silvestre: Paul Tergat, que venceu aquela edição e ainda as provas de 1996, 1998, 1999 e 2000. O seu sucessor foi Robert Cheruiyot, campeão em 2002, 2004 e 2007.
Já no feminino, o maior nome do Quênia foi Lydia Cheromei, campeã em 1999 e 2000. Três anos depois, Margaret Okayo foi a vencedora e Cheromei alcançou o terceiro título em 2004.