São Paulo (SP) - A quebra indiscriminada de recordes mundiais na natação em 2008 e 2009 e a proibição do uso de supermaiôs contendo poliuretano neste ano fizeram com que 2010 se tornasse a primeira temporada sem recordes mundiais na piscina longa (de 50 m) em pelo menos 60 anos.
Desde o início dos registros mais concretos sobre os tempos da natação, na década de 40, nunca um ano terminou sem que um recorde mundial de piscina longa tivesse sido quebrado.
Com o fim dos trajes em 1º de janeiro deste ano e a permissão para o uso apenas de bermuda para os homens e macaquinho, ambos 100% têxteis, para as mulheres, ninguém conseguiu melhorar as marcas feitas em piscina longa por nadadores que utilizaram os objetos tecnológicos nas duas temporadas anteriores.
E por pouco nenhum nadador conseguia quebrar marcas mundiais nem sequer em piscina curta. Os únicos que conseguiram foram o norte-americano Ryan Lochte, nos 200 m e 400 m medley, e os revezamentos 4 x 200 m livre da Rússia (masculino) e da China (feminino), no Mundial de Piscina Curta de Dubai, disputado neste mês.
A expectativa fica agora para novas marcas em 2011. A melhor chance ocorrerá no Mundial de Piscina Longa, que ocorre a cada dois anos e será disputado em Xangai, em julho.