Monte Carlo (Mônaco) - Conhecido por seu temperamento pouco amigável, o chefe de equipe da McLaren Ron Dennis reagiu de maneira áspera às sugestões de que sua equipe poderia ter favorecido o espanhol Fernando Alonso no Grande Prêmio de Mônaco.
Alonso venceu a corrida, com seu companheiro Lewis Hamilton chegando na segunda colocação. O britânico chegou a diminuir a diferença entre os dois em menos de um segundo no final da corrida, mas a equipe pediu para que ele diminuísse o ritmo e entrasse nos boxes no final da corrida.
"Tenho certeza de que todos têm a impressão de que existe um certo favoritismo ou algum tipo de reprimenda a Lewis ou Fernando. Mas nós temos e teremos escrúpulos todas as vezes que corrermos com esta equipe", afirmou Dennis, em entrevista à agência de notícias Reuters, na qual prometeu: "nós jamais iremos favorecer um piloto, não importa quem seja. Nunca fizemos e jamais o faremos".
De acordo com o chefão, a estratégia da equipe que diminuiu o ritmo de Lewis Hamilton no final da prova foi também influenciada pela decisão de segurar a Ferrari de Felipe Massa, o que garantiu a dobradinha da escuderia prateada. "Não gosto de ver essas coisas acontecerem, porque sou absolutamente competitivo. Mas é o único jeito que há para vencer o Grande Prêmio de Mônaco, e foi o que fizemos", afirmou.
Lewis Hamilton, porém, não parecia desconsolado com seu resultado - pela quarta vez consecutiva, ele foi segundo lugar. Apesar de ter que adiar por mais algumas semanas o sonho de sua primeira vitória, o britânico não pretende discutir sua situação de escudeiro de Fernando Alonso na temporada, na qual os dois dividem a liderança com 38 pontos.
"Tenho o número dois no meu carro e sou o segundo piloto. É algo com o qual eu tenho que conviver", brincou. "Mas estou ansioso para falar com meus engenheiros. Tenho certeza que eles me chamaram antes aos boxes por conta da possibilidade de uma entrada do safety car", completou, conformado.