São Paulo (SP) - Apesar do clima de comemoração do encerramento do Torneio Open e da temporada 2007, a maior expectativa da última competição de natação ficou longe de ser cumprida. A busca por índices olímpicos para os Jogos de Pequim foi praticamente um fiasco, à exceção de Rodrigo Castro.
Alguns poucos, como Fabíola Molina e Guilherme Guido, passaram muito perto, e perderam a chance por uma batida. Muitos, no entanto, ainda estão a longos segundos das marcas.
Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Tatiana Lemos, Mariana Brochado, Paula Baracho, Diogo Yabe, Jader Souza e Eduardo Fischer adiaram para 2008 mais uma tentativa de repetirem a classificação. Com isso, se confirmam como certas apenas as esperanças de final olímpica a César Cielo, Thiago Pereira, Kaio Márcio e Nicholas Santos, que dividirão a responsabilidade de uma medalha para o país.
Com Castro, a delegação brasileira chega a nove atletas, menos de metade dos 23 que foram à Grécia. No calendário, faltam apenas duas seletivas, o Campeonato Sul-Americano, que será novamente no Pinheiros, em março, e o Troféu Maria Lenk, em maio no Rio de Janeiro.
O nadador do Minas, de 29 anos, foi o único que atingiu seu objetivo, e classificou-se para a prova dos 400 m livre em sua terceira Olimpíada. Depois de Sydney-2000 e Atenas-2004, Castro, que anotou 1min48s50, elegeu como próxima meta bater o recorde sul-americano de Gustavo Borges, 1min48s08 obtidos em Atlanta-1996.
"Agora vamos atrás desse recorde", disse o nadador, que teve como grande motivador Thiago Pereira, que já têm índice para a prova. "Treinamos juntos e um motiva o outro sempre. Com muita disciplina, é possível chagar aos 30 com bons resultados. Quase 30", brincou.
Guilherme Guido, que despontou à frente de nadadores mais experientes como candidatos a Pequim, passou a três centésimos do índice. Para a veterana Fabíola Molina, de 32 anos, que também tenta sua terceira participação olímpica, faltam cinco centésimos. A nadadora, que é recordista sul-americana, baixou seu tempo para 1min01s75, mas falhou em aumentar a lista.
"Esperava sair daqui com o índice, mas isso é coisa que faz parte do esporte", disse Fabíola, disfarçando a decepção. "Mas isso não quer dizer nada, vou continuar treinando forte e isso virá no Sul-Americano."