Paratleta comemora primeira convocação para seleção de bocha

da redação/com o estado ms - 11 de jul de 2013 às 10:21 706 Views 0 Comentários
Paratleta comemora primeira convocação para seleção de bocha Maykon Almiron, André Luiz Barroso, e Otavio Mendez Ribeiro representam a ADD-MS

Campo Grande (MS) - Maykon Douglas Almiron, 18 anos, viaja segunda-feira, 15, para Águas de Lindóia (SP), onde se apresenta a seleção brasileira de bocha Sub-20 para a primeira fase de treinamentos do ano. Ele é um dos três jogadores da ADD (Associação Driblando as Diferenças) convocados para a seleção que se prepara para disputar os Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que acontecerão em Bueno Aires, na Argentina, em outubro.

Será a primeira vez que Maykon Almiron, André Luiz Barroso, e Otavio Mendez Ribeiro ficarão uma semana com a comissão técnica da seleção brasileira para treinos. A convocação enche de orgulho o jogador que há quatro anos dedica boa parte da sua vida à bocha. “Está sendo difícil esta semana, o nervosismo é muito grande por causa da viagem. Com a ida à seleção, só tenho a crescer no esporte. Não é qualquer um que é convocado. Por isso tenho que aproveitar o máximo esta oportunidade”, espera Maykon.

Em seu quarto, na casa onde mora no bairro São Conrado, região oeste de Campo Grande, estão as medalhas conquistadas na carreira. Na coleção, considera as principais os dois ouros obtidos nos Jogos Paraolímpicos Escolares na categoria BC4. O título de 2012 foi determinante para sua convocação. “De todas as medalhas, esta foi a mais difícil que eu já ganhei”, conta o jogador.

Maykon tem malformação congênita (quando a pessoa nasce sem alguma(s) parte(s) do corpo). Ele começou na bocha por “diversão” depois de iniciar no esporte pelo polybat. Desde que passou a treinar na equipe da ADD, a rotina passou a ser outra.

“Bocha mudou tudo na minha vida. Antes era uma pessoa mais quieta e ficava trancado em casa. Não tinha nada com o que distrair. Depois da bocha, passei a conversar mais, tenho mais amigos e já fiz viagens maravilhosas competindo. É uma outra vida. Hoje não consigo viver longe deste esporte”.

Para ir treinar, Maykon não mede esforços. Acompanhado da mãe ou da avó, ele vai de ônibus aos treinamentos. É uma hora de viagem para fazer o percurso de 12 km de sua casa, no bairro São Conrado, até o Sesc Camillo Boni, na avenida Afonso Pena, região central de Campo Grande. “Só para andar de ônibus eu preciso de ajuda. Ir ao colégio ou em outros locais, vou sozinho. Tenho uma vida comum como os outros”, sorri.

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