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Para Honda, F1 necessita impor teto de custos das equipes

grande prêmio - 28 de dez de 2007 às 16:06 223 Views 0 Comentários
Para Honda, F1 necessita impor teto de custos das equipes

Londres (Inglaterra) - Dias após o anúncio da FIA de que iria limitar o número de horas de atividade dos túneis de vento, os dois principais dirigentes da Honda propõe agora que a entidade imponha um teto para os custos das equipes.

Para Nick Fry, presidente da escuderia, e Ross Brawn, diretor de pista, um limite do valor a ser gasto seria mais eficaz do que os métodos utilizados atualmente pela FIA, como limitar o que pode ou não ser desenvolvido nos carros.

"Tanto Ross quanto eu pensamos que um teto orçamentário é algo a ser pensado seriamente", disse Fry ao site da revista "Autosport". "O que vemos hoje, se você olhar as equipes britânicas, é o aumento dos valores", continuou.

De acordo com o presidente, "o que temos feito até agora é mover o dinheiro de uma área para a outra, de motores para a aerodinâmica, pois é a área de melhor vantagem de performance. Apoiamos as propostas de restrições aerodinâmicas, mas o medo é de que o dinheiro seja simplesmente usado para outras atividades."

"Será investido nos salários dos pilotos, ou dos engenheiros, ou outra parte do carro, mas não necessariamente diminuir o custo total que a equipe tem. Então, ao invés de ficar correndo atrás da cauda, pensamos que um teto para os custos deveria ser considerado. Apesar de ser de difícil controle, acreditamos ser algo viável", concluiu Fry.

Já Brawn comentou que apóia "restrições de gastos. O difícil é aplicar isto sem favorecer ou desfavorecer um time ou outro, e é nisto que devemos nos focar."

"O conceito de um limite de orçamento, alguns anos atrás, seria considerado ridículo. Mas se você olhar como são fracos os argumentos contrários e as alternativas propostas, pensará se não é o teto a melhor solução. Ele dá oportunidades a todos para tentar atingir seus objetivos", continuou o ex-ferrarista.

Brawn falou também sobre a possível dificuldade de monitorar os gastos. Para o engenheiro, os problemas serão os mesmos que a FIA terá com os limites de horas de túnel de vento, ou trabalho no CFD. "Como se policia isso? Pode-se trabalhar fora da fábrica, e depois simplesmente adicionar esses dados no CFD, se for o caso", disse.

"Não estou dizendo que o teto seja a coisa mais fácil do mundo de se fazer, mas será que é mais difícil do que as outras coisas que faremos? E, conceitualmente, é mais eficaz. Quão rápido você conseguirá fazer seu carro andar com US$ 100 milhões? Quão eficiente você seria?", perguntou o inglês.

"Fica a cargo da equipe decidir se gasta metade com o carro e metade com o piloto, ou se usa US$ 1 milhão no piloto e 99 no carro. Seria fascinante ter este desafio", concluiu Brawn.

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