A atleta e treinadora de karatê Carolina Fernanda iniciou sua trajetória no esporte ainda na infância, influenciada pela mãe, que também é sua Sensei. "Eu treino desde os meus 5 anos. Comecei a treinar por conta da minha mãe, ela sempre treinou. Então, vendo ela treinar, me despertou a vontade de treinar também", relata.
Conciliando os treinos com a função de treinadora, Carolina reconhece os desafios dessa rotina. "Não posso dizer que é fácil, mas com muito foco e disciplina, consigo equilibrar as duas coisas. Tem o horário que eu treino e tem o período que eu dou aula", explica.
Ao longo da carreira, enfrentou diversos desafios, mas destaca uma experiência marcante. "O maior desafio foi ir para a Copa do Mundo na Polônia em 2022", afirma.
Sobre a visibilidade do karatê no Brasil, Carolina observa um crescimento na modalidade. "Na minha visão, creio que o karatê de contato está cada vez ganhando mais espaço, está sendo mais divulgado", diz.
A treinadora avalia positivamente o nível técnico dos atletas de Dourados em relação ao cenário nacional. "Nós temos um nível técnico muito bom, não deixamos a desejar. Estamos cada vez mais com atletas de níveis internacionais e mundiais", ressalta.
Carolina também acompanha a preparação de uma atleta para o Mundial do Japão. "Estou representando minha mãe, porque ela também é Sensei da Mirella. Mas, por estar acompanhando meu irmão no tratamento do câncer, fiquei responsável pelo treinamento. Estamos fazendo um treinamento bem intensivo, focado no mundial. Esperamos que ela possa chegar ao pódio, mas nossa maior luta é conseguir patrocínio. Creio que dentro do tatame a Mirella vai longe", comenta.
Para Carolina, ter uma atleta disputando uma competição internacional é motivo de orgulho. "É o que todo Sensei almeja, ter um atleta lutando fora do Brasil. É um sinal de que nosso trabalho está sendo bem feito, tanto o meu como o da Shihan Elaine", pontua.
Entre os aprendizados adquiridos no esporte, ela destaca valores essenciais. "Ter humildade, saber que nem sempre vamos estar no lugar mais alto do pódio, mas ganhando ou perdendo tiramos aprendizado. Nós não conseguimos nada sozinhos, porque eu preciso de um colega para segurar o aparador, do colega para lutar. Se hoje tenho os títulos que tenho, preciso agradecer à Shihan Elaine e a todos os parceiros", afirma.
Com novos desafios pela frente, Carolina já tem metas definidas para os próximos anos. "Meu objetivo este ano é participar do Campeonato Panamericano que acontecerá no Brasil. Ano que vem, focar no Sul-Americano e tentar ir mais uma vez para o mundial", revela.
Para quem deseja iniciar no karatê, Carolina aconselha dedicação e mente aberta para o aprendizado. "Tenho certeza que não vai se arrepender de ter começado. É uma das artes marciais que, ao mesmo tempo em que as pessoas acham bruta, tem muita disciplina e muito respeito", finaliza.