Aquidauana (MS) - Algo praticamente impensável no início da temporada pode acontecer com o Misto esta noite. O time três-lagoense encara o líder do grupo 1, o Aquidauanense, às 20h, na casa do adversário e, em caso de vitória, assume a ponta da tabela. Sem o dinheiro do repasse, com orçamento apertado, vice-presidente pagando salários do próprio bolso e atletas dispensados para que surjam possibilidades de novas contratações, ninguém nunca chegou a cogitar a possibilidade de conquistar tal feito pelos lados do “Madrugadão”.

A liderança torna-se ainda mais impensável quando se remete ao fato de que o elenco foi o último no Estado a ser montado, apresentado e a começar os treinamentos, além de ter uma das menores folhas de pagamento entre os 14 clubes da série A de Mato Grosso do Sul, com R$ 30 mil mensais. Para a partida no estádio Noroeste, o técnico João Francisco Marçal não terá o zagueiro Nilton, que se recupera de uma distensão na coxa direita e só deve voltar em abril, e o goleiro Leandro, que tem um problema no joelho.

Em compensação, o comandante terá à disposição Augusto, goleiro recém-contratado, e o zagueiro paraguaio Palácio, que também chegou nesta semana. A delegação seguiu viagem ontem à tarde com 20 jogadores e não com 18, como costuma acontecer. Isso ocorreu porque o volante Cleuber e o atacante Timóteo são dúvidas.

Ambos sentem dores provenientes de pancadas e farão teste poucos minutos antes do duelo contra o Aquidauanense, para saber se têm condições de jogo. O atacante Xuxa, que chegou com Augusto e Palácio, não viajou. Ele precisa aprimorar o condicionamento físico antes de estrear. A chegada dos três foi possível devido às saídas do goleiro Juninho, do atacante Luis Fernando, do volante Rafael e do lateral-esquerdo Thiago Cambuim.

Proposta

O técnico do Misto, João Francisco Marçal, vem sendo alvo de constantes assédios dos principais clubes da capital. Tanto Cene quanto Comercial já fizeram propostas ao profissional. Inclusive, segundo uma fonte da diretoria, ontem o telefone de Marçal voltou a receber ligações de Campo Grande.

O próprio treinador já havia confessado em conversas informais que havia recebido propostas, porém, tanto ele quanto a fonte garantiram o cumprimento do contrato até o final do estadual.