São Paulo (SP) - A seleção brasileira de futsal enfrenta um fenômeno parecido da sua "homônima" no futebol. A maioria dos convocados para a Copa do Mundo é do exterior, mais precisamente da Espanha.
Dos 14 atletas convocados, oito jogam em clubes da Espanha (quatro do Inter Movistar, três do El Pozo Murcia e um do Lobelle Santiago), e seis em dois clubes do Brasil (cinco no Malwee Futsal e um no Joinville/Krona/Dal Ponte)
E a escolha do técnico PC de Oliveira em priorizar os "espanhóis" se justifica, já que a Espanha tem uma liga muito forte. O Inter Movistar, por exemplo, é o atual campeão mundial de clubes.
Para completar, o país é a principal potência européia do esporte e um dos candidatos ao título da Copa do Mundo do Brasil, que será realizada entre os dias 30 de setembro e 19 de outubro nas cidades de Brasília e Rio de Janeiro.
"Hoje, os jogadores brasileiros fazem um intercâmbio maior lá fora, estão bem acostumados a jogar no exterior. Por isso, não há a tensão de enfrentar essas equipes", explicou o supervisor da seleção brasileira, Reinaldo Simões.
Além da experiência, a "legião espanhola" pode proporcionar um outro trunfo para a seleção brasileira: o maior conhecimento dos jogadores que atuam no seu principal rival: a Espanha.
Segundo o fixo Gabriel, que atua no Lobelle Santiago, os espanhóis virão para o Brasil confiantes de que conquistarão o tricampeonato da competição, o que pode virar um trunfo para a seleção brasileira.
"Eles vêm confiantes, mas em certos pontos pensando que será fácil ter o tricampeonato no Brasil. Isso nos dá mais confiança e incentivo em buscar a vitória passando por etapas: primeiro a primeira fase, depois os playoffs e a final, respeitando todos os adversários, mas sabendo que temos condições de buscar o primeiro posto".