Pindamonhangaba (SP) - Magno Prado está de volta à equipe Funvic/ Marcondes César/ Gelog/ Pindamonhangaba após viver o sonho do time ProContinental de São José dos Campos. É a segunda vez que ele faz o caminho entre as duas equipes vizinhas do Vale do Paraíba e objetivo continua o mesmo: a Volta de São Paulo.
"Eu já estava treinando para ela com a outra equipe. Com toda a confusão, perdi um pouco o foco e fiz alguns treinos muito ruis. Mas já estou me sentindo bem novamente. Quero o título", diz Prado, terceiro colocado e melhor brasileiro em 2009.
Na Copa Light, no último final de semana, o ciclista de Dourados conquistou suas primeiras vitórias no retorno ao time - 1ª etapa e geral - e ganhou ainda mais ânimo para a disputa. "Foi um treino de luxo e uma chance de ganhar moral. A equipe tem outros nomes para brigar pelo título e o decorrer das etapas que decidirá o trabalho", explica o atleta, que cita Matias Médici e, principalmente, Edgardo Simon, como nomes fortes do time para a prova.
Presença constante nos pódios das principais provas do país, Magno Prado já venceu a competição uma vez, mas perdeu o título após um antidoping pegar uma substância proibida, presente em um suplemento fornecido pela equipe. Marcos Novello (Memorial/Santos) herdou o título.
O problema dificultou a transferência de Magno para o ciclismo europeu. Na época, ele tinha uma proposta da espanhola Relax-Gam. Agora, com o interesse da Movistar em contar com brasileiros e a chegada de mais um ciclista - Otavio Bulgarelli - ao pelotão profissional, ele não nega que ainda mantém o desejo.
"Mandei meu currículo. Mas sei que meus resultados apenas não bastam. Um bom empresário é essencial nesta negociação", diz Prado, que completa 25 anos em janeiro.
Mundial
Magno Prado também lamentou a decisão da CBC em levar apenas o internacional Murilo Fischer (Garmin) ao Mundial da Austrália. Selecionado para o evento no ano passado, Prado reconhece as diferenças entre os ciclistas do pelotão nacional e os melhores do mundo, mas acredita que a experiência é importante para a evolução do esporte brasileiro.
"Sei bem como é difícil. Ninguém iria chegar lá e andar com eles. Mas a presença ajuda a evoluir, além de ser uma motivação para quem conquista os pontos que classificam o Brasil", finaliza.