São Paulo (SP) - O técnico da seleção brasileira de ciclismo estrada, Mauro Ribeiro, optou pela experiência e convocou Luciano Pagliarini e Murilo Fischer para as Olimpíadas de Pequim. Já no feminino, a única representante do país será Clemilda Fernandes. O sul-mato-grossense Magno Prado Nazaret, mesmo inocentado no caso de doping que o tirou das provas de ciclismo no ano passado, ficou de fora.
Os dois escolhidos disputavam o lugar com mais seis ciclistas, mas Ribeiro preferiu levar dois competidores que já vêm competindo fora do país há mais de seis anos e que fizeram parte do grupo que foi a Atenas-2004. Naquela ocasião, Fischer completou a prova em 62º lugar e Pagliarini abandonou.
O técnico explicou que o ciclista catarinense será o grande nome da equipe em Pequim. "O Murilo vem tendo um grande progresso no profisional e estamos apostando muito no desempenho dele. Já o Luciano a gente espera um apoio dentro da competição para que o Murilo possa estar em boas condições de fazer um bom resultado", apontou Ribeiro.
Neste momento, Fischer disputa a Volta da Suíça e depois deve competir na Volta da França, a prova mais tradicional da modalidade. "A gente sabe que o circuito não é fácil para o Luciano, mas se encaixa bem nas características do Murilo. O traçado tem muitas subidas e será bem pior que o de Atenas. Esperamos que ele esteja 100% até lá", analisou o técnico.
Já a escolha de Pagliarini foi uma opção pela experiência do ciclista, que está há mais de oito anos na Europa. Ele já participou da Volta da França e foi medalha de bronze na prova de estrada nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. "Ele tem uma bagagem internacional muito importante e não pode ser desprezada. Ele também vai competir bastante nas Olimpíadas e deve chegar bem", disse Ribeiro.
O treinador espera uma boa atuação da dupla em Pequim e sonha em terminar entre os 15 primeiros. "Seria um resultado excelente ficar entre os 15. Depois disso, a medalha é uma questão do dia. Só precisamos ficar muito atentos com fugas durante o percurso e chegar bem", explicou.
Até hoje a melhor participação brasileira em Olimpíadas foi o quinto lugar de Anésio Argenton na prova de velocidade nos Jogos de Roma-1960. Na estrada, Cássio de Paiva foi 20º colocado em Seul-1988.